Esquecemo-nos, no
entanto, de buscar uma contextualização mais ampla e mais adequada dos demais
assuntos de relacionamentos envolvidos entre os capítulos 1 a 6
para discernir corretamente o objetivo da advertência em 2ª Coríntios 6:14.
São Paulo, ao escrever
a primeira carta já havia encontrado o cerne dos problemas entre os cristãos
daquela igreja em termos de relacionamentos.
Quando nos deparamos
com o verso de hoje [2ª Cor 6:14] podemos compreender melhor o desejo de São
Paulo no tocante à verdadeira comunhão que deveria e que deve reinar entre os
cristãos, e então, ele aplica com muita propriedade a palavra [Jugo], para
tentar fazer aquela comunidade corrigir sua conduta ao se associar com
indivíduos ou sociedades que nada tinham a ver com os convertidos ao Cristianismo.
Infelizmente, maioria
no Cristianismo contemporâneo se detem neste assunto de forma equivocada e
parcial, quando quer a todo custo tornar o conselho paulino em norma
especialmente quando se trata de namoros, noivados e casamentos de cristãos com
outros que não comungam a mesma fé.
Esta conclusão é muito
pobre, porque não abrange tudo que deve abranger, e com isto dá provas de pouco
discernimento, e ao mesmo tempo cria desmotivação no discipulado de nossa
juventude.
Devemos compreender
que necessitamos de restrições, ou limites enquanto estamos sendo discipulados
na senda de uma nova vida até que nos tornemos maduros para andar com segurança
rumo ao destino e missão que Deus proveu para todos nós.
Lideres que ao mesmo
tempo em que afligem a juventude com imposições de regras, forçando um jugo que
muitos não conseguem carregar cerram os olhos e fazem ouvidos moucos a fatos
que acontecem ao seu redor e que merecem também ser corrigidos.
Quantos cristãos
nominais estão associados em pequenos, ou grandes negócios, com os mais
diversificados associados, com vistas apenas em um provável lucro, e que não
são advertidos com a mesma veemência.
Por que a advertência
apenas com os que estão planejando o casamento?
Compreendo que sendo a
família o centro de toda a atividade social ser pertinente o zelo para com ela,
mas que nosso zelo não seja um zelo sem discernimento, e discernimento a que me
refiro aqui é ter um senso justo equilibrado e imparcial de avaliação do todo
que acontece neste contexto.
Como compreender o
fato de não nos associarmos com os incrédulos, e ao mesmo tempo terceirizar
minha empresa e estar na igreja nos fins de semana tentando gozar um sabor
cristão sem cessar o lucro neste dia?
Os patriarcas
providenciaram meios no passado para que seus filhos se casassem dentro da
mesma descendência, e nada errado com esta medida, e ainda era imperativo que o
líder da tribo governasse as famílias de seus filhos, e dos filhos de seus
filhos, mas eu me pergunto: Cadê a família patriarcal?
Quem é o patriarca que
hoje está apto a amplamente governar a esposa e filhos? Contemple ao seu redor
e se responda.
Quantos lares de nosso
cristianismo estão sendo governados pelos filhos sob o simples pretexto de
conivência com o modelo da atual cultura para não perdê-los!
O que isto significa?
Significa que dentro do Modelo Laodiceano a energia patriarcal e sacerdotal
acabou, e é exatamente por isto que Jesus Se encontra do lado de fora batendo
com cuidado e amor à porta desejando entrar no seio das famílias. (Apoc 3:20).
Se nossos jovens
estivessem sendo educados no espírito de ajuda, compreensão, misericórdia e
GRAÇA com as suas dificuldades eles certamente compreenderiam de forma mais
adequada o que São Paulo ensina sobre o jugo desigual em todos os aspectos da narração
bíblica. (Aguarde a continuação) - Voxdesertum