NOSSAS BODAS DE CRISOPRÁSIO – 27
ANOS DE CASADOS
Minha Alaíde.
Quando da primeira vez que nos
vimos naquele setembro de 1985, creio que nenhuma expectativa houve por nenhuma
das partes quanto àquilo que o tempo se encarregou de responder neste período té aqui transcorrido.
Realmente, compreender os
desígnios de Deus antecipadamente é de fato impossível, a menos que Ele Se
revele no contexto da profecia preditiva.
Independente da forma que Ele
usou na estrada da vida para nos colocar frente a frente, para em um momento
muito especial dizermos sim um para o outro, eu quero dizer:
Meu Amor! Valeu a pena, e eu voltaria
mil vezes atrás, se preciso fosse, para recomeçar a jornada partido do exato
ponto em que nós iniciamos nossa carreira brilhante juntos.
Não dispensaria momento algum nenhum dos
fatos por menores que foram, pois cada um teve sua áurea importância na
formação de tudo que construiu o que hoje é a nossa história de vida.
Tenho certeza, até mesmo como
Químico Industrial de formação média, que cada um de nós encontrou uma pedra,
que a princípio podemos chamar de “pedra bruta.”
E o que é uma pedra bruta?
É algo que necessita de um exímio
lapidador, para torná-la naquilo que represente seu real valor.
Podemos até cooperar com o
processo de lapidação, mas jamais teremos habilidade para dar o toque final
necessário para tornar a pedra uma jóia de grande valor.
Deus nos tomou brutos da natureza em Suas mãos e, com todo amor, cuidado, carinho e longanimidade nos transformou no que nosso
relacionamento é caracterizado hoje.
Já assamos por algumas bodas com
significados de múltipla importância.
Hoje, 9 de Maio de 2014
alcançamos o polimento que reflete o brilho do crisoprásio.
Uma pedra da família do quartzo
quase inteiramente composta quimicamente de dióxido de silício (SiO2) de dureza 6 – 7,
que exposta à temperatura de 1713 graus centígrados aproximadamente não perde
suas características básicas essenciais.
É por isto que nada e nem vento
algum pôde influenciar negativamente, ou ofuscar o brilho de nosso sólido
relacionamento.
Creio que nosso casamento pode
sem dúvidas ser comparado com a natureza desta magnífica pedra, pois com
certeza, já passou por muitos embates na jornada.
Cada embate pode ser comparado ao
quebrar de uma onda na tempestade, que ao bater-se contra a pedra de crisoprásio
faz reluzir a cor esverdeada na névoa de gotículas sob a luz do sol como o reflexo do Arco
da Aliança posto no céu como símbolo da esperança e da certeza das bênçãos de
Deus,
Alaíde! Ao encontrar esta pedra nos
mostruários da tradição eu refleti sobre como você tem sido, e é importante em minha vida nestes quase 29
anos desde aquele primeiro momento.
Uma pedra sozinha na exposição
pode ser admirada por todos, mas muitas vezes pelo seu alto valor pode
acontecer que continue lá no mesmo lugar, sem que haja alguém de posses para
levá-la para casa, no entanto você não estava exposta e nem à venda, você
apenas existia, e eu cheguei sem dinheiro, sem formosura, e quem sabe, até
mesmo sem saber como conquistar a pedra que nem me passou pelos sonhos.
Aos poucos você foi revelando seu
brilho e seus valores, e quanto mais eu miro em você seu brilho se intensifica.
Sua chegada em minha vida mudou
os meus rumos, meus sonhos, meus paradigmas, e com toda certeza, complementou
a minha vida.
Eu não sabia que pedra reproduz,
e você ainda me concedeu o milagre de juntos trabalharmos e conquistar a
pedrinha Amanda, que aos poucos foi polida, até que encontrou aquele que
continuará a lapidação por nós iniciada.
Termino aqui minhas palavras
agradecendo a Deus pelo propósito de colocar você diante de mim para que eu
tivesse o privilégio de manter seu brilho, e sem me permitir o direito de
arranhar, ou ofuscar a relevância de seus valores individuais.
Obrigado a todos os que conosco
cooperam para o nosso sucesso no casamento, pois isto é muito importante, para
resistirmos ao longo do tempo os ventos contrários.
Obrigado pelos 27 anos do
privilégio de ter me casado com você.
Te Amo! Robson Silva – 09 de Maio
de 2014.
