Muitas têm sido as especulações sobre este capítulo, mas não há motivos para isto, se estudarmos a simbologia de maneira sensata, e à luz da história, o ambiente onde toda e qualquer profecia especialmente bíblica se desenrola.
Apocalipse capitulo 17
Ventos são símbolos de
contendas.(Jer 51:1 a 5; Apoc 7:1).
CAPITULO XVII A IGREJA QUE SE UNIU COM O ESTADO
INTRODUÇÃO
Ao apreciarmos a profecia do
capitulo doze, verificamos que o seu termo é uma mulher cujos símbolos que a
cercam a relacionam inteiramente com o seu Criador e atestam defini-la como
emblema da verdadeira igreja de Deus na era cristã.
Mas, no capítulo dezessete, temos
outra mulher que é apresentada, uma mulher "vestida de púrpura e de
escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas, tem em sua mão
"um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua
prostituição". Uma mulher "com a qual se prostituíram os reis da
terra"; que embebeda os habitantes da terra "com o vinho da sua
prostituição"; que "está embriagada do sangue dos santos, e do sangue
das testemunhas de Jesus". Uma mulher denominada de "a grande
Babilônia, a mãe das prostitutas e abominações da terra". Uma mulher que
está "assentada sobre uma besta de escarlata, que está cheia de nomes de
blasfêmias, e tem sete cabeças e dez chifres. Esta mulher é diferente da do
capitulo doze como o dia o é da noite. Enquanto aquela representa a santa
igreja de Cristo no mundo, esta outra, por suas características proféticas
indiscutíveis, não deixa dúvidas que designa a igreja de Roma.
A MULER SOBRE A BESTA COR DE ESCARLATA
VERSOS 1 — "E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças,
e falou comigo, dizendo; Vem. mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sabre muitas águas;
UMA PROSTITUTA DESMASCARADA PELA PROFECIA
Um dos anjos das pragas,
provavelmente o quinto, (Apoc 16:10 a 11) foi incumbido de mostrar ao profeta a
"grande prostituta" que estava "assentada sobre muitas
águas". Na introdução já definimos que esta mulher é a igreja romana.
O QUE É prostituta na revelação?
E por que esta igreja é denominada
de "prostituta" na revelação?
Ora, quando no caso de esposos a
mulher abandona a seu marido e procura viver ilicitamente com outros homens,
então ela torna-se uma prostituta.
Caso idêntico ocorreu com a
igreja de Roma, a mulher desta profecia. Antes da autoexaltação desta igreja,
fazia ela parte do todo da igreja cristã nos primórdios séculos do
cristianismo. Mas ela exaltou-se a si mesma, repudiou a pura verdade do
evangelho de Cristo e abandonou o próprio Senhor Jesus como esposo legítimo de
Sua igreja, para ligar-se a um homem (e ao estado romano), que começou a adorar
como se fora até mesmo um deus na terra. Ligando-se também ao estado romano
para adquirir prestigio e poder. Eis porque a igreja apóstata é considerada
prostituta no Apocalipse.
A besta
A besta sobre a qual a mulher
aparece assentada é figura da Europa inteira.
QUAL É ESTA IGREJA?
E, como irredutível prova de que
esta profecia trata realmente da Igreja Católica, é mencionado que a
"grande prostituta” está "assentada sobre muitas águas". E o
versículo quinze esclarece que estas
águas "são povo”, e multidões, e nações, e línguas.
A besta sobre a qual a mulher
aparece assentada é figura da Europa inteira — as águas da profecia. E hoje
esta igreja jaz assentada numa mais vasta área do globo, no mundo todo. Sua influência nos cinco, continentes é tão corruptora no que respeita a Cristo e à
religião cristã romana, como o é a influência de uma prostituta natural no seio
da sociedade humana.
VERSOS 2 — Com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que
habitam na terra se embebedaram com
o vinho da sua prostituição.
"COM A QUAL SE PROSTITUIRAM OS REIS DA TERRA"
Aqui vemos outras relações
ilícitas da igreja de Roma. Suas relações com os reis ou governantes da terra.
Esta tem sido a história desta igreja desde o quarto século até aos nossos
dias. Deixou de ser propriamente uma igreja para ser o Estado do Vaticano em meio aos Estados do mundo. Sua influência
entre os governos da terra, com raras exceções, é a mais poderosa de todas as
influências humanas.
E, como igreja, não está ela
ligada ao Estado por afinidades
espirituais para espiritualizá-lo, mas por
afinidades políticas, isto é, para: fazer do Estado um dócil instrumento
de sua política sob o véu de religião.
Esta
igreja não dá a César o que lhe é devido — o direito, de governar sem a sua
intromissão — e isto, porque deixou de dar a Deus o que também Lhe é devido — a
honra a que ele tem direito como Deus. Houve em verdade uma prostituição de
direitos pela igreja católica — os
direitos de César e os direitos de Deus. Horroriza-nos a declaração da
profecia de que os governantes do mundo foram prostituídos por suas relações
com a Sé de Roma.
as nações enbriagadaS
Imaginemos agora as nações sob a
ação entorpecente do vinho a um só tempo. Seria isto uma catástrofe mundial.
Toda a humanidade jazeria sem controle. O demônio do álcool oculto no vinho
seria o imperador das consciências. Concluamos o que quer dizer a profecia do
embebedamento dos que habitam na terra "com o vinho" da "prostituição" da igreja romana.
O VINHO DA SUA PROSTITUIÇÃO
Esta é uma gravíssima denúncia
que pesa sobre a igreja apóstata. Por certo já vimos um ébrio sob a ação, do
vinho, do vinho embriagante. Ele não se porta com decência e nem mesmo pode
expressar o que é correto e moral, Sua mente está atrofiada, entorpecida pela
ação venenosa do álcool do vinho e sua razão está tão em descontrole que ele já
não é mais senhor de si mesmo.
o que é o vinho da sua
prostituição'?
Mas, o que é afinal o vinho da
sua prostituição'?
Note-se que se trata do
"vinho da sua prostituição". A igreja tornou-se prostituta porque
abandonou a Cristo. E somente alguém pode abandonar a Cristo quando abandona a
verdade de Cristo, o Seu perfeito evangelho que encerra um maravilhoso corpo de
doutrinas que constituem o fundamento da verdadeira fé cristã. E não se discute
que toda esta preciosa verdade foi abandonada pela igreja de Roma, quando ela
se prostituiu, unindo-se a um marido arranjado ilicitamente, o papado, e também por sua união ilegal
com César, os governos civis.
É claro que, uma vez pondo de
lado as santas doutrinas fundamentais da fé apostólica e cristã, pelo abandono
de Cristo para unir-se com outros, a igreja papal tinha que arranjar outras
para substituir aquelas. E é o seu corpo
de errôneas doutrinas ou ensinamentos, que constitui o "vinho da sua prostituição", com o qual "os
que habitam na terra se embebedaram".
Embriagados
Embriagados
que estão, pois, as multidões, da terra com o vinho da prostituição da
"grande prostituta", não podem entender as verdadeiras doutrinas
básicas do evangelho do Senhor Jesus. Suas mentes estão embotadas pelo
vinho do erro da "grande
Babilônia"; e por mais clara que se torne a verdade de Cristo a seus
olhos e ouvidos, não a podem crer e aceitar. Estão entorpecidos pelo venenoso vinho de Roma. Terrível tragédia para
um mundo que poderia ser salvo para Cristo!
VERSO 3 — E levou-me em espírito (em visão) a um deserto, e vi uma mulher assentada sabre uma besta de cor de escarlate, que estava
cheia de nomes de blasfêmia, e tinha
sete cabeças e dez chifres.
uma mulher
(Apocalipse 19:7) Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória;
porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
A MULHER CAVALGA UMA BESTA COR DE ESCARLATA
A mulher santa do capítulo doze
representando a igreja de Cristo foi vista na visão estando nas alturas dos
céus sobre um luminoso fundamento.
A mulher do capítulo dezessete, a
"grande prostituta", vira o profeta no deserto, lugar da habitação
dos demônios.
A mulher a igreja.
A besta é Roma imperial.
A besta cor de escarlata sobre a
qual a mulher se assenta, tem todas as características do dragão vermelho do
capítulo doze e muita semelhança com a besta do capítulo treze. O dragão, diz a
própria profecia, é Satanás sendo também Roma pagã ou Satanás no controle do
império romano.
A besta do capítulo treze que
recebera poder do dragão é Roma Papal, sucessora de Roma pagã.
Assim podemos ter uma idéia da
besta sobre a qual a igreja de Roma fora
vista assentada" , ou dos poderes que a sustêm no mundo.
Mas, a mulher aparece tão
naturalmente cavalgando a besta, sem o uso de freios ou chicote aparentes, como
se a tivesse domado e ensinado a obedecer, com temor e tremor, às suas ordens
de comando.
Assim foi a igreja de Roma por
1260 anos, desde 538 a
1798 d.C, na supremacia temporal do papado na Europa.
O papado é o poder clerical sob
um único homem e a igreja é a mão firme propagadora e mantenedora do poder do
papado no mundo.
Foi pela igreja que o papado pôde
subjugar a Europa medieval e reduzi-la à escravidão. A igreja tornou-se Igreja do Estado, nos escuros séculos
medievais era toda a Europa, e foi tão mais forte que ele que o pôde dirigir a
seu bel prazer.
Envenenados e entorpecidos pelo vinho da sua prostituição e sem terem
direito às sua própria consciência, os Estados e os estadistas da Europa nada
tinham mais a fazer senão acatar e executar as ordens da igreja, mesmo os mais
hediondos crimes contra os santos por ela denominados hereges.
O período do consórcio da igreja
católica com o Estado, na idade Média, foi o pior período jamais registrado na
história do mundo.
O CARÁTER DA BESTA COR DE ESCARLATA
A "besta cor de escarlata" estava
cheia de "nomes de blasfêmias". O mesmo é dito da besta do capitulo
treze "semelhante ao leopardo", "Nomes de blasfêmias" ou
nomes que são blasfêmias.
O que é uma
blasfêmia?
O que é
uma blasfêmia?
Contra
quem somente é possível blasfemar?
Blasfêmias
são palavras que ofendem que ultrajam a divindade. Uma blasfêmia não pode ser
proferida de homem para homem porque ambos são humanos. Os homens só podem
blasfemar, contra Deus, Seu Filho e Seu Espírito Santo. Assim era a besta sobre
a qual a mulher estava assentada — estava cheia de blasfêmia contra
Deus, Cristo e Seu Espírito.
Tal foi a história dos poderes
com os quais a igreja romana se aliou e sobre os quais a igreja romana se aliou
sobre os quais dominou por quase treze séculos na Europa. Ela os ensinou a
blasfemar contra o Deus Todo poderoso.
VERSO 4 — E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e
adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha
na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua
prostituição;
AS VESTIDURAS DA "GRANDE PROSTITUTA”
A púrpura e a escarlata são as
principais cores simbólicas da igreja papal. Os mantos usados pelos papas e cardiais são precisamente de púrpura
e escarlata. "O trono papal sobre o qual o papa é levado, o pálio que é
estendido sobre ele, todo o seu séquito e ainda ele mesmo, todas as igrejas de
Roma, todos os palácios e todos os pavimentos por onde anda, são cobertos de
púrpura e escarlata; os cardiais pretendem não só a dignidade real, senão que
usam um traje talar vermelho e purpúreo e um chapéu da mesma cor, como o são
também até as mantas dos cavalos que montam". E quem quiser comprovar o
cumprimento da profecia com seus próprios olhos, basta dirigir-se a Roma.
Ouro, e pedras preciosas e
pérolas
Ainda a revelação fala de seus
adornos de "Ouro, e pedras preciosas e pérolas". Na verdade miríades
de pedras preciosas e pérolas adornam as cerimônias papais.
a tríplice coroa papal
Só a tríplice coroa papal já é o,
cumprimento da profecia. "Sobre a armação ou esqueleto, forrado de seda,
ostenta três coroas de ouro, que levam incrustados tesouros de rara pedraria.”
A primeira Coroa tem dezesseis
rubis, três enormes esmeraldas, uma água marinha e uma safira.
A segunda ostenta dez esmeraldas,
oito rubis, duas águas-marinhas e três safiras.
A terceira, dezenove gigantescos
rubis e uma multidão de safiras, águas marinhas, crisólitos e granates, além de
pérolas que leva cada uma das três coroas e que reúnem noventa pérolas por
fileiras.
No “fim, rematando tão preciosa
jóia, fulgura a cruz feita com onze soberbos brilhantes de singular limpidez e
tamanho”.
evidências de Roma
Mas estas evidências purpúreas e
as custosas jóias de Roma, não são apenas prioridade do papa e de seus
cardeais, mas de seus arcebispos, bispos e igrejas de toda a terra. Isto
evidencia que os pormenores proféticos concernentes aos adornos da mulher são
mais uma prova inconteste de que ela representa perfeitamente a igreja do
papado, o seu instrumento no mundo.
O CÁLICE DE OURO
O cálice, por ser de ouro, símbolo da pureza
e da viva fé, devia estar transbordante da pura doutrina e da pura verdade
apostólicas.
O CALICE DE OURO NA MÃO DA MULHER
Porém,
que diz o profeta continha ele?
Oh,
viu-o "cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição"!
A
igreja que se arroga depositária da verdade pura para o mundo, a ele está dando
a beber, em taça de ouro, abominações e imundícias resultantes da sua
prostituição,
E, para evidenciar ainda mais o
cumprimento da profecia pela igreja católica, lemos na história o seguinte:
Em 1825, por ocasião do jubileu, o papa Leão XII fez cunhar uma
medalha que trazia de um lado sua própria imagem, e do outro, a da igreja de
Roma simbolizada como uma “mulher” que sustinha em sua mão esquerda uma cruz e
na direita um cálice, e tinha em seu redor a legenda, Sedet Svper
Universvn, todo o mundo é seu assento. Tomai-lhe a dar como ela vos tem dado, e
retribui-lhe em dobro conforme as suas obras.
No cálice em que vos deu de beber
dai-lhe a ela em dobro. (Apoc 18:6).
Esta profecia fala bem alto do
que são os ensinos de Roma representados por aquele cálice simbólico de ouro.
Estejamos alerta, pois, contra o vinho de Babilônia.
VERSO 5 — E na sua testa estava escrito
o nome: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da
terra.
A INSCRIÇÃO DA TESTA DA MULHER
“mistério"!
A primeira palavra é
“mistério"! Em sentido geral, a igreja católica é um mistério. Uma igreja
que possui as Sagradas Escrituras e pretende ser a sua guardiã e única
interprete e ensina doutrinas flagrantemente contrárias às mesmas Escrituras, é
isto na verdade um mistério. S. Paulo já se referira a Este mistério que o
denominou de "mistério da injustiça".
mãe da cristandade
Não era um mistério Roma pagã
fazer sua obra pagã em perseguir a igreja cristã. Mas, uma igreja que se diz
cristã e mãe da cristandade, e ainda embriagar-se “do sangue dos santos, e do
sangue das testemunhas de Jesus'", é um mistério verdadeiro.
“Uma igreja jactando-se a si
mesma de ser a noiva, e ainda ser prostituta; intitulando-se a si mesma de Sião
e ser Babilônia — isto é um mistério.
Um mistério é que, quando ela diz a todos — vinde a mim — a voz do céu
clama — sai dela, povo meu. (Apoc 18:4).
mãe das prostitutas
“Que se denominando “mãe das igrejas”, é
chamada “mãe” das prostitutas”; que aquela que se orgulha ser indefectível,
deve um dia ser destruída, e que os apóstolos devem regozijar-se em sua queda;
que aquela que tem como ela diz, em suas mãos
as chaves do céu, será lançada no lago de fogo por aquele que tem as chaves
do inferno. “Tudo isto, em verdade, é um grande “mistério”.
doutrinas
abomináveis
E quem
quer fale pergunte a razão desta ou daquela das doutrinas abomináveis de sua
taça, a igreja responde por seu clero — Mistério! Sim, mistério é a palavra
chave de seus ensinos e pretensões ante evangélicos.
BABILÔNIA
BABILÔNIA
é a segunda palavra inscrita em sua testa. Babilônia!
Este nome vem de longe e encerra uma história a mais poluída do mundo.
Babilônia
era em remotos tempos a mais idólatra e a mais prostituída cidade da terra.
Falsos ensinos religiosos e prostituição a caracterizavam.
A
cidade de Babilônia tornou-se a capital de um império mundial que procurou
dominar as consciências humanas e impor sua idólatra religião que tinha por
fundamento a salvação pelas obras em desprezo ao plano original de Deus da
salvação pela fé.
profecias proferidas
contra Babilônia
As
Sagradas Escrituras contêm decisivas profecias que foram proferidas contra
Babilônia por vários profetas.
Sua
própria destruição e mesmo o estado de suas ruínas, foram traçados por
profecias infalíveis e definidas.
Babilônia espiritual
Mas, a
Babilônia espiritual, segundo a nossa consideração, é a Igreja Católica Romana.
Esta não é uma declaração humana, mas da própria inspiração. Comparando a
igreja de Roma com a antiga Babilônia, faz a revelação a mais drástica denúncia
contra esta igreja, elevando-a ao mais alto índice como responsável pela
corrupção da fé cristã e lavrando tão certamente o seu aniquilamento como o fez com
aquela outra Babel da antiguidade.
MUITOS RECONHECERAM A BABILÕNIA
Inúmeros,
personagens históricos do cristianismo reconheceram na igreja católica a
Babilônia do Apocalipse.
Agostinho,
Jerônimo, Tertuliano, Primosius em seu comentário, Vitorino bispo de Petau,
André de Cesaréia, Eusébio, Clemente de Alexandria, Papias bispo de Hierápolis,
Ecumenius, — e numerosos outros antigos e contemporâneos.
O paralelo entre AS
DUAS BABILÔNIAS
Ambas
exerceram poder mundial sobre muitas águas. Ambas embebedaram as nações com
vinho duma taça. Ambas são idólatras na história. Ambas pretenderam eternidade,
supremacia universal, poder sobre as consciências e exerceram crueldade contra
o povo de Deus.
E,
"caiu Babilônia", é o grito profético sobre ambas. E, outro grito
profético, de alerta ao povo de Deus, é este: "Sai dela povo meu". (Apoc 18:4). Terrível paralelo!
"MÃE DAS PROSTITUIÇÕES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA"
Outra
versão traz a palavra "prostitutas" em vez de
"prostituições". Assim está mais em relação com a palavra
"mãe". Mas, quem são estas "prostitutas" das quais a igreja
católica é a mãe? “Como suas filhas devem” serem simbolizadas as igrejas
que se apegam às suas doutrinas e tradições, seguindo-lhe o exemplo em
sacrificar a verdade e aprovação de Deus, a fim de estabelecer uma aliança
ilícita com o mundo.
Em outras palavras, as
"prostitutas" filhas da igreja "mãe", são as igrejas
protestantes que dela saíram e com ela comungam em muitos pontos de doutrinas.
confusão
O termo Babilônio significa confusão.
Deste modo a Babilônia
"mãe" e suas filhas são acusadas da confusão reinante no seio do
cristianismo com suas centenárias de denominações e de falsas doutrinas. São
também responsáveis pela confusão política e social do mundo, pois se lhe
ministrassem a pura revelação do evangelho de Cristo, ele por certo estaria em
melhores condições do que está.
MÃE
Que a igreja católica é
considerada pelo clero como “mãe",
segundo reza a profecia, declara o próprio papa Pio XII, num de seus discursos.
Eis as suas palavras: "A Igreja é Mãe,
“Santa Mater Eclesia”, a verdadeira mãe de todas as nações e de todos os
povos, assim como de todos os homens individualmente.
Precisamente por ser mãe não pertence com exclusividade a
este ou àquele povo, mas a todos igualmente. A Igreja é Mãe e, portanto não é estrangeira em parte alguma. Vive e por sua
natureza deve viver entre todos os povos".
POR QUE A INSCRIÇÃO NA TESTA DA MULHER?
Não é estranho que a inscrição — Mistério, a grande Babilônia, a mãe das
prostitutas e abominações da terra — fosse vista pelo profeta na testa da
mulher que representa a igreja de Roma. Na
testa, o frontal do cérebro está a sede da razão e da consciência. Por este
motivo, não devemos pensar que a Igreja Católica ignora que ela, é o que a
inscrição profética diz a seu respeito. Pois, como esta igreja nada mais é que
um ardiloso grêmio clerical mundial sob um falso manto religioso cristão,
interessado unicamente em finanças, — pouco se lhe dá de sua condenatória inscrição
que traz em seu frontal.
VERSO 6 — E vi que a
mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunhas de
Jesus. E, vendo-a maravilhei-me com grande admiração.
A MULHER ESTAVA EMBRIAGADA DO SANGUE DOS SANTOS,
E DO SANGUE DAS TESTEMUNHAS DE JESUS
Cada detalhe da profecia é
comprometedor contra a mulher romana. Esta nova denúncia torna claro o fato de
que a revelação de Deus adverte o mundo, denunciando a igreja de Roma como anticristã.
Perseguir
seus santos e suas testemunhas, disse Jesus, é a mesma coisa que perseguir a Ele
próprio. A expressão — estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das
testemunhas de Jesus — revela as extensas carnificinas da Igreja Papal e o
grande derramamento de sangue que lhes causou.
AS SETE CABEÇAS DA BESTA
VERSO 7-— "E o anjo me disse: Porque te admiras? Eu te direi o
mistério da mulher, e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez
chifres.
O PROFETA MARAVILHOU-SE DA ESTRANHA MULHER
Não era para menos o profeta
maravilhar-se desta estranha mulher, depois de ver em visão anterior uma linda
mulher, simbólica da Santa Igreja de Cristo, perseguida tenazmente pelo dragão
do capítulo 12.
Agora, na visão desta
mulher-romana, "embriagada do sangue dos santos e do sangue das
testemunhas de Jesus", o profeta pôde compreender quem o dragão usaria
para perseguir a linda mulher — a Igreja de seu amado Mestre.
As perseguições do paganismo que
dizimaram a igreja cristã e que ele também sofria, não eram para ele admiração.
Mas quando viu que uma igreja nominalmente cristã desembainharia a espada
contra a Verdadeira Igreja de Cristo, para ele isto foi uma grande admiração.
Porém, o anjo, dada a sua admiração, prontificou dar-lhe novos detalhes
identificadores da mulher e da besta que ela cavalgava.
AS TRÊS FASES PROFÉTICAS DE ROMA
O quarto animal do capitulo sete
do livro de Daniel é definido no próprio capitulo como o quarto reino da terra.
O dragão do capítulo doze do Apocalipse é em primeiro lugar emblema de Satanás,
depois de Roma, pois os dez chifres o identificam com o quarto animal de Daniel
sete citado, que é Roma pagã, e S. João contemplou esta potência com mais os
detalhes das sete cabeças.
Sendo,
pois, o dragão, o império romano, suas sete cabeças são impreterivelmente
romanas, por meio das quais o império ou o dragão falava e governava. Doutro
lado, o dragão está ligado à história da igreja cristã da nova dispensação, não
podendo ele representar poderes anteriores a Roma e nem mesmo nesta profecia
relacionar-se com a igreja israelita da velha dispensação.
No capítulo que estamos
considerando, a besta escarlata com sete cabeças e dez chifres é identificada
pelo quarto animal da profecia de Daniel, pelo dragão do Apocalipse doze e pela
besta semelhante a um leopardo do Apocalipse treze, como sendo a mesma potência
perseguidora — Roma.
Mas, na história profética de
Roma, vemos que esta potência tem três
fases distintas.
Em suas formas pagãs e papais, é
apresentada como um poder perseguidor e opressor do povo de Deus e denominada
na profecia como:
VERSO 8 — A besta que viste foi e já não é, e há de subir do
abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra cujos nomes não estão
escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que
virá.
a besta que era
"a besta que era". Quando em 1798 Roma, na forma papal,
recebera a ferida mortal da espada da França revolucionária e deixou de existir
como poder temporal, a profecia, desde então, a considera como " besta
que...
já não é
já não
é. Porém, quando num futuro próximo, em harmonia com várias profecias
bíblicas, Roma papal ascender a seu antigo despotismo temporal e novamente
torna-se poder opressor do povo de Deus e das consciências dos homens, então a
profecia a considerará:
a besta que há de subir do
abismo
"a besta que há de subir do abismo". Do abismo da confusão e do caos reinantes
no mundo internacional — religioso e político — surgirá outra vez Roma, para
infligir nova-mente o seu tacão sobre todos os que não lhe deram irrestrito
apoio e não lhe submeteram suas consciências. E novamente o mundo ver-se-á
envolto pelos escuros séculos, da Idade Média e suas despóticas tragédias.
Mas, graças a uma cláusula desta
profecia, o poder romano a ressuscitar "irá à perdição" ou será aniquilado pelos séculos eternos sob o
poder de Deus e de Jesus Cristo. Tudo isto constitui uma solene advertência de
Deus a todo homem e toda mulher sinceros, a não ter nenhum compromisso com o
poder romano sentenciado a perecer.
mas que virá.
Esta afirmação indica que está no
futuro.
VERSO 9 — Aqui há sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está
assentada.
AS SETE CABEÇAS DA BÊSTA
O profeta é muito explicito:
"Aqui há sentido, que tem sabedoria. As
sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada. E são
também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não
é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo".
sete montes ou colinas
Quão clara é a definição inspirada:
"As sete cabeças são sete montes
sobre os quais a mulher está assentada". Aqui está o assento ou o local,
sede de Roma, apontado pela revelação. Uma cidade é claro, edificada sobre sete
montes ou colinas. Pois, no versículo 18, lemos: "E a mulher que viste é a
grande cidade que reina sobre os reis da terra". Não era propriamente a
cidade que reinava, e sim o poder que nela tinha seu assento.
E não é
a cidade de Roma chamada — "a
cidade das sete colinas", denominadas:
(1) Aventino, (2) Palatino, (3) Quirinal, (4)
Viminal, (5) Ceoli, (6) Janículo e (7) Esquilino?
Não dominou o poder romano, quer pagão quer
papal, da cidade de Roma?
Assim, em primeiro plano, as sete
cabeças apontam para a cidade de Roma e significam Roma.
Em segundo plano, as sete cabeças
são emblemas de "sete reis", como as são dos sete montes de Roma.
Isto é, "sete reis" que exerceram seu domínio e isto é fora de toda
controvérsia — dos sete montes ou da cidade de Roma, "sobre os reis da terra".
Pois, o versículo 18 citado enfatiza que os sete montes e os sete reis estão ligados à história da cidade de Roma donde o
poder romano foi exercido no mundo de então.
Sim, é indiscutível que em Roma
só governaram ou reinaram romanos. Os poderes que antecederam Roma no cetro
mundial, não impuseram suas leis ao mundo dos sete montes ou da cidade dos
Césares. Tudo, pois, enfatiza altamente que as sete cabeças são indiscutivelmente romanas e jamais apontam
outro poder antecedente a Roma.
Mas, se em Roma só governaram
romanos, que "sete reis" são
estes da explanação da profecia? A palavra "reis", do original
grego, vem do vocábulo "basileus”, que também significa
"dignidades".
Deste modo temos que o poder
romano exercido de Roma caracterizou-se, em sua história, por sete “dignidades" políticas governativas. E a
história romana fornece-nos exatamente
estas sete "dignidades", como seguem abaixo:
(1) Reis (753
A .C.);
(2) Cônsules (510 A .C.);
( 3) Ditadores (500 A .C.).
(4) Tribunos (493 A .C.).
(5) Decênviros (450
A .C.).
(6) Imperadores (30 A .C.)
( 7) Papado (538
A .D.).
Os Cônsules depuseram a realeza e
estabeleceram a República;
Os Ditadores eram nomeados como
tais quando necessário para salvar a pátria em perigo;
Os Tribunos eram os defensores
dos direitos da plebe;
Os Decênviros eram os redatores
das leis;
Os Imperadores eram, por assim
dizer, os únicos administradores do império;
O Papado é o que cuja história
nós bem conhecemos.
VERSO 10 — E são também sete reis: cinco já caíram, e um existe;
outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo.
cinco das sete dignidadES JÁ
haviam caído
Em sua exposição detalhada,
refere a inspiração que, ao tempo desta profecia do ano 94 A . D., cinco das sete
"dignidade JÁ haviam caído,
isto é, as cinco primeiras.
Uma delas, a sexta, existia
Uma delas, a sexta, existia
reinante, que era a imperial, na
pessoa dos imperadores, que suplantou as cinco primeiras em esplendor político.
A sétima
A sétima "dignidade"
viria no futuro, após a queda da imperial. E, ao cair Roma Imperial, em 476 A ,D., a
"dignidade" que se seguiu foi a papal,
a sétima cabeça do dragão chamada ainda romana.
"E QUANDO VIER, CONVÉM QUE DURE UM POUCO DE TEMPO"
Qual
seria o "outro" "rei" de Roma ou a outra fórmula de poder
romano que viria, e duraria "um pouco de tempo"? A resposta é
evidente e sobeja.
A sexta
A sexta fórmula reinante ao tempo de São João
era a Imperial que, como vimos caiu em 476 A .D..
a sétima
E a sétima formula ou o sétimo "rei" de Roma que viria ao cair a
sexta, foi, sem contradição alguma — o papado romano, de 538 a 1798.
Entre as tantas evidências de que
o papado é a sétima cabeça do dragão e das duas bestas — dos capítulos treze e
dezessete — continuação da antiga Roma Cesariana, contam-se estas: Seu nome é
romano, pois assim se denomina a si mesmo; a sede de seu trono mundial é a
mesma Roma de Rômulo e dos Césares; arroga as mesmas pretensões romanas;
pretendem títulos divinos como os imperadores romanos; seu idioma é o mesmo da
velha Roma — o latim; blasfema de Deus como os seis anteriores "reis"
de Roma; e propaga a idolatria como Roma - pagã.
Verdadeiramente não há dúvida
alguma de que o papado é a sétima cabeça
da besta romana, cor de escarlata e da outra do capítulo treze bem como do
dragão vermelho do capítulo doze, ou o
próprio Império Romano sob um novo aspecto. E durou "um pouco de
tempo" realmente, aliás, 1260 anos, de 538 a 1798, quando a França,
cumprindo outra profecia divina, arrebatou-lhe o poder temporal que exercia em
toda a Europa.
VERSO 11 — E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é
dos sete, e vai à perdição.
O OITAVO "REI" DE ROMA
O
versículo onze é idêntico à primeira parte do versículo oito. Em paralelo temos
os dois textos assim: A besta foi — a besta que era; e já não é — e já não é; e há de subir do abismo — é ela também o oitavo e é dos sete; e irá à
perdição — e vai à perdição. Quão definida é a inspiração da profecia.
A
versão de João Knox reza assim o versículo onze: "E a besta que uma vez
viveu e agora está morta, deve ser reconhecida como o oitavo, ainda que ele é
um dos sete; mas ela encontrará o caminho que a levará à sua destruição".
Diante
deste texto mais esclarecido, conviemos que o poder romano ia morrer. No
capítulo treze, versículo três, é isto enfatizado no que respeita a Roma papal,
nas seguintes palavras: "E vi uma de suas cabeças como ferida de
morte".
a besta morreu
No
capitulo dezessete é dito que a besta morreu e pelo capítulo treze notamos que
ela morreu porque "uma de suas cabeças" foi "ferida de
morte". Assim a besta é o que são as suas cabeças. Morrendo ou sendo morta
a sua cabeça reinante — morre ou é morta propriamente a besta.
E a
única vez que foi morta uma de suas cabeças e bem assim a própria besta ou
poder romano, foi em 1798 quando o exército francês revolucionário destituiu o
papado do seu poder temporal e aprisionou o Papa Pio VI que, levado para a França,
ali morreu.
Portanto,
desde que o poder romano foi fundado em 753 A . C.,
com Rômulo, só foi 1798 A .
D é que este poder foi morto. (Na Revolução Francesa)
UM SÓ PODER
Pois o
poder romano é um só, quer na fórmula pagã quer na papal; a besta é um único
poder e suas sete cabeças representam-na em toda a sua história. A fórmula
papal de Roma foi apenas uma transição deste poder do paganismo real para o
cristianismo irreal.
Mudou
tão somente de nome ou de titulo enquanto o poder permaneceu o mesmo.
Deste
modo, a explanação mais completa do versículo onze, é a seguinte: "A basta
que uma vez viveu e agora está morta", é o poder romano transmudado de
pagão para cristão, ou de civil para eclesiástico.
uma das sete cabeças
E, o
oitavo rei de Roma, que será uma das sete cabeças e que também há de ser a
própria besta ressurreta, é a mesma cabeça ferida de morte, "cuja chaga
mortal" será "curada", ou a própria besta em sua fase papal
morta em 1798.
o
oitavo "rei” APÓS o ano de 1789
Assim o oitavo "rei" de
Roma, só poderia surgir posteriormente ao ano 1798, porque até este ano dominou
de Roma o sétimo "rei", o
papado. Ora, das sete cabeças da besta escarlata ou dos "sete
reis," que elas representam. O oitavo só poderá ser em verdade, o mesmo papado,
pois dos sete é o único que permanece
com vida, vindo-se restaurando como oitavo rei de Roma desde 1800.
Daí esta profecia nos atestar que
o papado, novamente, como nos séculos medievais, reassumirá o poder temporal
romano perdido, e da "cidade. das sete colinas" ditará suas leis aos
potentados do governo civil para que as executem contra os que se lhe opuserem.
O poder que Roma papal exerceu no
passado foi sobre os dez reinos do versículo doze e a restauração outra vez,
completa, de seu poder, terá de ser sobre eles, e em união com eles ou em um novo
consórcio entre Igreja e Estado.
O versículo três, do capítulo
treze encerra, com mais evidência, a futura restauração total do poder temporal
do papado — como o oitavo dos "sete reis" ou das sete cabeças
romanas. Porém, segundo assegura a profecia ainda, o papado "vai à perdição", como já vimos.
Outras profecias do Apocalipse e de Daniel dão mais ênfase à sua destruição sob
os juízos de Deus.
OS DEZ CHIFRES DA BESTA
VERSO 12 — "E os
dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas
receberão poder como reis por uma hora,
juntamente com a besta.
OS DEZ CRIFRES SÃO DEZ REIS, OU REINOS
Os dez chifres reza a profecia, são dez reis ou reinos, que aparecem em
várias profecias dos livros de Daniel e do Apocalipse. Em qualquer uma destas
profecias vemos que os dez reinos saíram do império
romano, ou o dividiram entre si, e são Eles hoje:
01 - Francos-
França,
02 -
Alamanes-Alemanha,
03 -
Anglo Saxoes-IngIaterra,
04 - Lornbardos-
Itália,
05 - Visigodos-Espanha,
06 - Suevos-
Portugal,
07 - Borgundos-Suiça,
08 - Ostrogodos,
09 - Hérulos
e
10 - Vândalos,
Estes três últimos foram
removidos pelo papado, isto é, destruídos por serem seus oponentes. Foi em meio
destes reinos que surgiu o papado como esclarece a profecia do capitulo sete do
livro de Daniel. Ao tempo de S. João estes dez reis não haviam recebido o reino
e nem mesmo existiam como reinos; mas reinariam “conjuntamente com a besta",
o papado.
Durante uma "hora"
Uma hora seria 1/24 de um dia, ou
ano profético, o que representa 15 dias. João diz que “tem de durar pouco”
(Apoc.17:10).
Esse poder que decretará a
sentença de morte a todos os que se recusarem a render-lhe homenagem.(Apocalipse
verso por verso cap.17 pg.151)
Durante uma "hora" reinariam eles com a besta.
O vocábulo grego "oran" —
hora, tem três significados:
1) Um espaço definido de tempo,
uma estação;
2) Uma hora (de 60 minutos. Atos
5:7);
3) O tempo particular para alguma
coisa" (S. Luc. 14:17).')
Vemos que o vocábulo “hora"
também significa em grego mais do que uma hora literal — o tempo particular
para alguma coisa. Os dez reinos não poderiam reinar com a besta apenas uma
hora de 60 minutos. Com ela reinariam todo o tempo — tempo particular para
alguma coisa — em que ela reinasse.
Certa versão bíblica traduz o
texto assim: "E os dez reinos que viste são dez reis que não receberam
ainda um reino, mas como reis alcançarão poder por um tempo com a besta".
E que o papado, a besta, reinou "por um tempo" ou de 538 a 1798, é fora de toda
dúvida.
Os 1260 anos de reinado temporal
do papado foram na verdade um "oran",
não de 60 minutos, mas de séculos, em que os dez reinos reinaram com ele.
VERSO 13 — Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e
autoridade à besta
.
ENTREGARÃO O SEU PODER E
AUTORIDADE A BESTA
Poder e autoridade dos reinos
europeus para atuar à sua vontade. Durante o reinado deles com a besta papal,
538-1798, isto foi plenamente confirmado. A França foi a primeira potência a
entregar-lhe o poder e autoridade. E o papado, com o poder e a autoridade em
que eles reinaram com ele, que a história chegou a denominá-lo de "Idade Escura".
Assim como no passado com (Isaias
8:9-15) também nos últimos dias haverá uma união de poderes com apenas uma
mente tentará extinguir os filhos de DEUS.
(Apoc. 16:13-14)
VERSO 14 — Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro o
vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão
com Ele, chamados e eleitos, e fiéis.
"ESTES COMBATERÃO CONTRA O CORDEIRO”
O Cordeiro é Jesus Cristo; Contra
ele de fato combateram os dez reinos europeus irmanados com a besta. Dela
receberam e executaram ordens contra o povo de Deus.
O sangue dos "santos e das
testemunhas de Jesus "foi por eles derramado em profusão no solo europeu, por ordem da besta papal na idade média.
Mas, os dez reinos perderam seu
tempo em aliarem-se à besta de Roma para batalhar contra o Cordeiro.
Nada ganharam com isto, antes
perderam, porque a profecia diz: "E o Cordeiro os vencerá, porque é Senhor
dos senhores e o Rei dos reis; vencerão com os eleitos, e fiéis".
Quem poderá vencer o Cordeiro de
Deus? Quem vencerá os que estão com ele?
Mas foram dadas a cada um compridas vestes brancas", emblema de vitória embora
lhes fosse derramado sangue pelos agentes de Satã. Os seus matadores sim foram
vencidos em vez de vencedores.
NO FIM
Assim como no passado com também
nos últimos dias haverá uma união de poderes
Em sua ultima tentativa batalha
tentará extinguir os filhos de DEUS.
AS ÁGUAS QUE VISTE
VERSO 15 — disse-me: “As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos,
e multidões, e nações, e línguas”,
O
versículo dezoito contém a explanação do primeiro referente às águas onde a
"grande prostituta" estava assentada. Ela fora vista assentada sobre
uma besta cor de escarlata com sete cabeças e dez chifres, as cabeças
representando Roma e os dez chifres a Europa. Aí estão os "povos, e multidões,
e nações, e línguas", sobre os quais a mulher estava assentada, a todos
dirigindo a seu prazer sem que pudessem dizer-lhe — não.
OS DEZ
CHIFRES ABORRECEM A BÉSTA
VERSOS
16 — "E os dez chifres que viste na besto são os que aborrecerão a prostituta, e a porão
desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.
Um dia
os que foram enganado pelos falsos mestres religiosos terão um triste
despertar, e se revoltarão contra os que os ludibriaram.
Então
se cumprirá este verso, porão desolada e
nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.
VERSOS 17
— Porque Deus tem posto em seus corações que cumpram o seu intento e tenham uma
mesma idéia, e que dêem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de
DEUS.
Em
breve a ferida mortal estará completamente curada, e a besta retornará sua
velha natureza. Então, o mundo inteiro seguirá com grande admiração. A
liberdade civil e religiosa chegara o seu fim, e todos os outros eventos
profetizados seguirão em rápida sucessão.
Estes
versículos falam bem alto do juízo contra a igreja apóstata que infligiram os dez
reinos europeus, depois de por algum tempo lhe terem emprestado o poder e
autoridade, Em 1798 França foi a primeira nação sujeita a dar-lhe o golpe.
E as demais cortaram também com ela as suas
relações de Igreja e Estado unidos. A igreja ficou abandonada e privada de suas
carnes, isto é, de seus chamados Estados vassalos, Como que queimada no fogo,
ficou seu poder reduzido a um montão, aliás, circunscrito aos edifícios do
Vaticano.
Foi
isto que o anjo dissera ao profeta no princípio da visão: Vem, mostrar-te-ei a
condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas. E este juízo dos dez reinos estava em harmonia com a
vontade de Deus. Todavia a condenação sê-lo-á completada de cima.
A MULHER QUE VISTE
VERSO 18 — "E a mulher que
viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra".
Qual a cidade que reinava sobre
os reis da terra nos tempos de S. João? A resposta é uma só: Roma.
Ora, uma mulher profética nunca foi
apresentada como emblema de cidade. Na verdade não era a cidade de Roma que
reinava sobre os reis da terra, mas o poder romano que nela tinha o seu
assento.
reina
sobre os reis da terra
A mulher vista sobre a besta, na
visão, não era a cidade de Roma, mas a igreja, também denominada Roma, que dela
reinou sobre os reis da terra ao cair o poder romano civil. A declaração de que
a mulher era a cidade de Roma, foi apenas uma pista dada ao profeta, pelo anjo
que o assistia, para que nós encontrássemos o caminho para entendermos o
perfeito cumprimento da profecia.
Bibliografia
-
MELO, Araceli S. A Verdade Sobre as Profecias do Apocalipse.
São Paulo, 1959. Caps. XII.