Assim como nunca serão apagados, a lembrança, o
fato e os efeitos de 11 de Setembro de 2001 das páginas da história da
humanidade, o encontro de líderes, o chefe da Igreja Católica e o chefe da
maior potência civil e política do mundo, planejado para 23 de setembro do ano
em curso, também trará seus efeitos; torcemos para que estes sejam positivos,
ao contrário dos daquela fatídica data.
Pois bem.
De todos os esforços até agora
exercidos, pelo menos intencionalmente louváveis em prol da salvação do planeta
no que respeita ao ecossistema, podemos afirmar, pelo menos com relativa
convicção, que não temos avançado positiva, decidida e concretamente em favor
da proteção do meio ambiente.
E por quê?
É simples, embora a resposta seja um
tanto complexa.
Ninguém foi capaz de depor nas mesas
de reuniões dos blocos dos gigantes internacionais a taça do mais perverso
veneno existente no coração do homem, o orgulho. Sendo este o pai
do egoísmo, nós, seres humanos, não somos suficientemente fortes para,
sozinhos, livrarmo-nos dele, pois, queiramos ou não, somos
dependentes em tudo precisamente do Criador do ambiente em que vivemos. Existe
no âmago do coração humano o mordaz, arrogante e pernicioso desejo de ser
autônomo de Deus e de ocupar o Seu lugar na busca de resposta aos impasses
humanos. Essencialmente é esta a causa básica do fracasso até agora na demanda
político/demagógica, por parte dos grandes, de soluções para os problemas vinculados
ao meio ambiente.
Embora sejamos indistintamente
responsáveis no que corresponde à nossa parte em preservar e cumprir os
princípios que estabelecem uma correta convivência com os recursos naturais do
mundo como nosso habitat, é inegável que os elementos, para não dizer as
nações, que detém maior autonomia no controle e emprego precisamente desses
recursos, sejam tão mais idôneos na preservação dos mesmos, quanto mais
influentes são em determinar o destino dos homens e das condições de vida no planeta.
O ideal seria que todos, cada
indivíduo e cada nação, tivessem consciência de que ninguém é “dono do mundo”
para fazer nele o que bem entende, senão Aquele que o criou e o preserva, a
despeito dos abusos infligidos ao ambiente. Na verdade, Deus é o único que pode
salvar a Terra e as formas de vida nela existentes, de forma especial os
seres humanos
criados à Sua imagem e semelhança.
Que o Criador está profundamente
interessado na preservação deste mundo, e não está nada satisfeito com os
abusos nele perpetrados, se vê inequivocamente no livro mais profético da
Bíblia, o Apocalipse, onde está escrito que chegará o tempo em que Deus há de destruir
“os que destroem a Terra” (ver Apocalipse 11:18).
É natural que homens que visam atuar
como benfeitores da humanidade, como o papa atual, Francisco [Jorge Mário
Bergoglio], o homem 266 na hierarquia tradicional do Catolicismo, e o atual
presidente dos Estados Unidos, a nação mais desenvolvida do mundo, [Barack Obama] se unam no interesse de fazer algo mais concreto que venha minimizar os
efeitos severos e inegáveis dos desastres ecológicos que já começam a se
mostrar irreversíveis. Tudo isso, segundo os estudiosos da Bíblia, faz parte,
afinal, do quadro profético para nosso tempo.
De fato, o presente contexto deve
nos compelir a ponderar, com a devida atenção e carinho, sobre os fatos que se
desenrolam ante a expectação de todos. Não seria que, um evento transcendental,
mundialmente inédito, estaria por ocorrer, e que resultaria na culminação final
do propósito da completa história da raça humana? Afinal, homem algum pode, a
não ser pela revelação e método do Deus Altíssimo (Daniel 2:28), resolver as
questões que afligem os viventes da Terra. Assim foi e assim sempre será, até
que tudo se cumpra como Jesus definiu.
Entendemos que as intenções ora
manifestas são as melhores e mais bem intencionadas, e nosso reconhecimento e
congratulação àqueles que, responsavelmente, e com sinceridade de coração e
propósito, desejam minorar os sofrimentos da humanidade.
São bem-vindos todos os esforços,
desde que fique resguardada e garantida a perfeita liberdade de consciência
para cada ser humano, inclusive no tocante à diversidade de fé; e que tal
prerrogativa contribua frontalmente para adequadas e concretas iniciativas que
concorram para a salvação do ecossistema terrestre, pois o
Criador foi e é capaz de harmonizar a diversidade sem prejuízo de quem quer que
seja.
Os homens
fortes há muito vem alinhavando posturas preparativas para o selamento de um
compromisso global que resulte em salvação para o planeta, e talvez isto possa
até resultar em prejuízo de grupos minoritários que viabilizem soluções por
outros meios. no que tange ao fator legalização da obediência. [Obediência
compulsória às decisões humanas].
Toda movimentação a favor e em favor
da família mundial precisa se fundamentar na expressa vontade revelada dAquele
que criou essa família, se é esperado que essa movimentação logre resultados
positivos. A cada instante a humanidade tem sido levada a crer que a globalização
de sistemas, de culturas, de costumes e até mesmo da religião sob a mesma
bandeira seja a solução para os problemas que tem resultado no sofrimento
globalizado da humanidade.
Milhares são levados a crer que seja
correto tudo que se fizer para resguardar o descanso semanal em família, sob o
pretexto de que seja oficializado um dia para a cessação das atividades comuns,
e para nos dirigirmos a Deus, a fim de conquistar Sua misericórdia para o meio
ambiente e para o nosso bem. Isto, no entanto, pode ser uma faca de dois
gumes, se tais medidas não se harmonizarem com os postulados bíblicos, pois as
Sagradas Escrituras, principalmente no Pentateuco escrito por Moisés sob
inspiração divina, prescreve de forma simples, embora detalhada, tudo o que era
esperado que os seres humanos fizessem para resguardar a qualidade produtiva e
ambiental da Terra; em outras palavras, aquele era o melhor plano de
desenvolvimento sustentável que jamais houvera sido formulado.
Por exemplo, a Terra descansava da
semeadura e da colheita durante um ano, após seis anos de cultivo [o sétimo]
era o ano do JUBILEU DA TERRA, (Levítico 25:1 a 7) no molde simbólico da extensão do descanso
semanal do santo sábado instituído no Éden. Aliás, o termo sábado
envolve a ideia de descanso, pois significa “cessação”, naturalmente do labor.
Não era apenas um dia, mas um
completo ano sabático de descanso para salvar o ecossistema e resguardar os
direitos de propriedade de todos. (Levítico 25). Prova é que enquanto o povo de
Deus cumpriu o que Ele determinou, e da forma como determinou, não lhe faltou o
necessário à sobrevivência.
Não sou contra o “desenvolvimento
sustentável da indústria”, e tenho plena certeza que nem Deus é; mas a usura
levou o homem ao extremo do descuido, e chegamos aonde chegamos, com um “desequilíbrio
ecológico insustentável.”
Como cristão, procuro descansar de
minhas atividades comuns de subsistência no dia estabelecido e determinado por
Deus, o sétimo da semana da criação conhecido como sábado, e estou pronto para
aproveitar também qualquer outro dia adicional a ser estabelecido pelos homens
para o descanso da minha família, o que certamente concorrerá para que eu tenha
mais um tempo para continuar a obra missionária a mim confiada por Jesus (ver
Mateus 28:19-20).
Parabéns a todos quantos estejam
imbuídos do verdadeiro espírito de Cristo em fazer algo pela humanidade. Não
gostaria, entretanto, de ser rotulado de fundamentalista ao defender o
verdadeiro plano de Deus para salvar o Planeta, o que nenhum plano meramente
humano tem feito ou venha a fazer por si mesmo.
Róbson Silva. 21/09/2015.