Nem sempre a aridez inóspita, a sensação de vazio e a solidão devem ser consideradas, ou assimiladas como fim da linha, ou caos.
Sabemos que no deserto não são muitos os oásis, e estes, às vezes se encontram muito distantes entre si. Este fato requer dos viajantes que supram suas bolsas d’água, para que possam suportar o jornadear, porque Canaã pode estar ainda muito longe.
Poderá haver glória no deserto mesmo entre esparsos oásis? Afirmo com absoluta certeza e convicção que sim. Fatos? Oh sim! A história não mente.
Moisés, Elias e especialmente o apóstolo João são testemunhas em seus escritos, e nos amimam a caminhar ainda que à nossa frente nada possamos ver de promissor.
O profeta Elias estava desolado no deserto fugindo da perseguição da rainha Jezabel, e de repente veio a revelação de Deus para seu conforto, segurança e redirecionamento ao alvo de sua missão que estava prestes a terminar.
Como resultado, o deserto de Elias terminou com sua vitória surpreendente ao ser literalmente tomado em vida por seu Senhor em quem sempre confiou não obstante aos altos e baixos como qualquer ser humano.
Moisés ainda no deserto há 40 anos cuidando das ovelhas de seu sogro, pôde contemplar a revelação de Deus naquela sarça, aquilo que talvez não tivesse o privilégio de ver caso tivesse ficado no Egito exercendo a posição de vice rei no âmbito das invejáveis “glórias dos faraós”.
A vida do profeta Eliseu, sucessor de Elias teve seus percalços na jornada de seu deserto, mas Deus o coroou com grandes vitórias.
No entanto, a mais importante e empolgante história sobre vitórias no deserto acontece já em nossa era cristã, na Ilha de Patmos, encosta vulcânica e solitária do Mar Egeu. Nada mais incrível na vida de um homem que a revelação de Deus ao degredado e odiado apóstolo João.
O homem que por causa da voz da verdade que proclamava aos corações perdidos no deserto da ignorância sobre Cristo crucificado e ressurreto, foi por ordem do Imperador Domiciano submetido à crueldade de ser imerso em um caldeirão de óleo fervendo, mas assim como os três jovens hebreus na citação de Daniel capitulo três saiu ileso. Este gigante da fé foi então exilado para a Ilha de Patmos na tentativa que o imperador tinha de calar a voz do evangelho.
Todos os que conhecem a história de João no Apocalipse podem testemunhar da real revelação de Deus, Sua glória, Seu poder e seu interesse por todos nós e especialmente por seu servo exilado por causa da verdade.
Foi ali naquele recanto árido, solitário e inóspito que diante do apóstolo desenrolaram as cenas mais importantes da história com a mensagem que chegou a nós. Estes registros bíblicos são a incontestável prova que, quando Deus está a dirigir seus mensageiros, nada e nem ninguém pode, ou poderá calar a voz que clama no deserto; porque “o deserto não é necessariamente um lugar de derrotas”, quando Deus está no controle.
Amigo (a)! Não interrompa sua jornada! A areia está quente? Caminhe assim mesmo!
O vento frio corta a alma? A Revelação de Deus lhe trará calor ao coração! Perto está Canaã. Assinado: Vox Desertum – Robin – 19/10/2011.
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