O que é isto?
De onde vem?
A teoria é procedente?
A tese é consistente?
O que as Sagradas Escrituras
declaram sobre este assunto?
Sou cristão pela graça de Deus, (respondi
assim desde criança no catecismo) e não estou aqui para defender nenhuma tese a
favor ou contra qualquer denominação religiosa. Declaro com toda sinceridade,
que tenho o maior respeito e admiração pelos irmãos católicos fiéis espalhados por todos os rincões deste nosso vasto Brasil, e pelos irmãos evangélicos pertencentes às diferentes agremiações
religiosas.
Sou um investigador das
Escrituras Sagradas desde os idos de 1969, e, sobre o tema em pauta, me reservo a crer, e respeitar com toda
reverência, o relato literal da criação, nos claros e
límpidos termos de Gênesis capítulos 1 e 2.
Deus estabeleceu o ciclo semanal ininterrupto, livre de quaisquer
que sejam os mecanismos de influência movidos no curso de astros, planetas,
satélites, etc...
São sete dias, porque sete é
um número pleno, e esta plenitude veio direta da sabedoria de Deus, quando
planejou nosso pleno descanso em
Jesus. Ele jamais deixou uma obra se quer para terminar
depois, ou inacabada, porque Ele é absolutamente perfeito, portanto, TODAS as Suas obras, Seus propósitos, Seus desígnios e Seus caminhos são perfeitos.
Deus estabeleceu de forma sábia e
planejada, e por Seu exclusivo poder,
o roteiro e origem dos dias, meses e anos. (Cf. Gênesis 1:14 a 16).
Aprendemos desde os primeiros
passos escolares, com base
científica, sobre os movimentos de
rotação e translação do planeta Terra.
Rotação designa o movimento da
Terra, em torno de seu próprio eixo, numa duração de 23 horas, 56 minutos
e 4 segundos, o que nos garante, sem interrupção, a sucessão dos dias e noites.
Isso confirma exatamente o relato da sequencia bíblica de Gênesis capítulo 1.
Translação designa o movimento
que a Terra faz em torno do Sol, em 365 dias, 48 minutos e 47 segundos, determinando a sucessão dos anos.
Não encontramos, seja na narrativa bíblica, seja em premissas científicas, qualquer fenômeno astronômico
específico que haja dado origem, ou que venha contestar a sequencia literal no
ciclo da semana de sete dias.
Em
outras palavras, o ciclo semanal original foi fechado com chave de ouro pelo
AUTOR da semana. Este assim o estabeleceu, e através de todos esses milênios
qualquer fenômeno natural jamais conseguiu alterá-lo. E tal fato tem razão de ser:
Primeiro, porque Deus estabeleceu, por Sua própria iniciativa e palavra, o remate diário na sequência 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º dias, como períodos
fixos e exatos, e delimitados entre
um pôr do sol e outro.
Segundo, porque sendo Deus o
autor, nós podemos ter plena e
absoluta confiança que Seu trabalho é perfeito e confiável, o que significa que
não são necessários retoques ou ajustes de qualquer natureza no ciclo por Ele
estabelecido.
Logo, é pura fantasia, ou mesmo ofensa
direta ao Criador, querer alterar o inalterável, ou substituir o
insubstituível; isto é, um empenho por interferir em Seus atos grandiosos.
Deus usou a expressão numeral
ordinária para designar o ciclo semanal, e apenas ao 7º dia deu um nome
especial com base no propósito que Ele designou para esse dia, finalmente selando-o na Lei, com a comemoração de um descanso e
santificação abençoados.
Se foi o próprio Criador que
firmou este selo, quem, senão um
poder contrário a Ele, ousaria retirá-lo?
Veja em Daniel capitulo 7 versos 23
a 26, especialmente no verso 25, uma referência profética ao poder responsável pela alteração da
santa lei de Deus, a qual determina
o sábado como dia sagrado de observância e descanso. Ali foi previsto um período
de 1260 anos de domínio desse poder, o que se entende referir-se ao tempo
transcorrido entre 538 e 1798 de nossa era. A História cumpre com absoluta
exatidão e rigor tudo o que as profecias bíblicas preveem..
Não necessitamos de uma nova
estratégia inimiga contra a santa lei de Deus no tocante à questão da
santificação e guarda do dia de repouso, o sétimo
da semana, o único ponto controverso em
meio à maioria que professa o cristianismo popular. Não necessitamos,
simplesmente porque esta estratégia já ocorreu, e a consequente mudança do dia
legítimo de guarda para um espúrio já se tornou realidade oficial desde o dia 07 de
março de 321 d.C.
Trabalhar contra qualquer
princípio que rege a natureza do santo sábado bíblico é como romper qualquer
outro princípio natural; é um adultério espiritual, ofensa direta ao Legislador
de Universo.
Pior ainda é forçar a existência
de um oitavo dia na semana, numa
infeliz tentativa de fazer com que o dia popularmente chamado “domingo” (aquele
que vem precisamente depois do sétimo) seja o último do ciclo, e, portanto, o
mais propício para o descanso semanal. Esta coincidência, todavia, é puramente
ilusória, já que o ciclo semanal comporta apenas sete dias, não havendo espaço
para um oitavo.
De fato, o último dia
da semana é aquele que antecede o primeiro, e este aquele que antecede o
segundo que costumamos chamar de “segunda-feira”
(o domingo, portanto, é a primeira-feira,
o primeiro dia da semana, não o “oitavo”).
Tudo isso se constitui uma falta
gravíssima, não somente porque se atenta contra um período fixo e exato que, em
Sua soberania, Deus estabeleceu [isto é,
a semana], mas acima de tudo porque se contesta e se contraria o que Ele
mesmo afirmou. Nesse caso, a alteração do descanso semanal do último para o
primeiro dia da semana é da mesma categoria que qualquer alteração de outros
itens também estabelecidos por Deus.
Portanto, a tese do oitavo dia só
teria algum cabimento sob o pretexto expressamente
bíblico de que Deus teria estendido o ciclo semanal por mais um dia, o que não ocorreu; fora disto, é um
devaneio humano que se enquadra nas palavras de Isaías capitulo 29, verso 13,
reiteradas setecentos anos mais tarde por Jesus Cristo, conforme Mateus 15:8 e 9 e Marcos 7:6 e 7.
Meus respeitos aos que levantam a tese do oitavo dia semanal, defensores sincero da teoria do oitavo dia, conforme o que temos visto; eles hão de convir, todavia, que tal tese rompe com os princípios da ética hierárquica da
própria Igreja Católica Romana, que
estes professam e a quem servem, quando, de
alguma forma, contradiz o eminente
Cardeal James Gibbons.
Gibbons abertamente
assumiu, em nome da Igreja de seu tempo, as prerrogativas de poder e
responsabilidade quanto a todo o processo que envolveu a mudança da
santificação do sétimo dia, o sábado
do quarto mandamento, para a santificação do primeiro dia, o domingo. Assumiu
sem se valer de qualquer subterfúgio ou expediente de natureza duvidosa.
Como querem então, com a
teoria do oitavo dia, propor o absurdo de se querer estender, por mais um dia, o ciclo imutável da semana original estabelecida pelo próprio
Criador?
Esta é a declaração do Cardeal James
Gibbons, em resposta aos protestantes
que combatiam o catolicismo em face de ensinos contrários à Bíblia, e
lembrando-os de que eles também mantinham ensinos não bíblicos:
“Podeis ler a
Bíblia de Gênesis a Apocalipse, e não encontrareis uma linha autorizando a
santificação do domingo. As Escrituras exaltam a observância religiosa do
Sábado, dia que nós nunca santificamos”. The
Faith of our Fathers, edição de
1893, pág. 111.
Que Deus abençoe a todos os
Católicos sinceros e tementes a Ele, e que as bênçãos se estendam aos
evangélicos, que ainda estão presos à Igreja Romana nesta questão do repouso
semanal e outras doutrinas.
Vox Desertum – 17/06/2012.