O Maior Temor De Satanás
Os reis
egípcios, também conhecidos pelo termo geral de Faraós, eram os mais poderosos
monarcas da terra. O primeiro capítulo do livro de Êxodo apresenta um Faraó que
dispunha de uma das mais bem azeitadas máquinas de guerra daqueles dias. Carros
de combate aumentavam mais ainda o poder de sua infantaria e de sua cavalaria.
O exército de Faraó havia derrotado todo adversário dentro de um raio de alguns
milhares de quilômetros.
O poder de
Faraó era absoluto. Não havia Congresso com o qual ele tivesse de dividir a sua
autoridade. E apesar de dispor de um conselho, ele não tinha a obrigação de
atender aos conselhos que lhe dessem. Faraó era um “governante divino”.
Pertencia à categoria dos chamados “deuses”. A sua palavra era lei. Nunca precisava
preocupar-se que algum Tribunal Supremo derrubasse as suas decisões. Ele mesmo
era o Tribunal Supremo, o governador supremo e o comandante-chefe do exército.
Mas esse
poderoso monarca era assediado por um temor do qual não conseguia libertar-se –
um medo consumidor que não o deixava dormir à noite. Ele estava com receio de
algo tão devastador que nem mesmo o seu poderoso exército seria capaz de
ajudá-lo. As imensas riquezas do Egito eram incapazes de comprar uma solução
para o problema. Toda a astúcia estratégica de Faraó era insuficiente para
enfrentar a ameaça.
Finalmente,
um dia, ele revelou o seu temor aos seus subordinados. Provavelmente, isso
aconteceu no isolamento e privacidade de algum conselho de guerra. Ali, entre
os seus generais e conselheiros, ele, finalmente, pôs para fora:
“Vejam! O povo israelita é agora numeroso e mais forte que nós.
Temos de agir com astúcia, para que não se tornem ainda mais numerosos e, no
caso de guerra, aliem-se aos nossos inimigos, lutem contra nós e fujam do país” (Êxodo 1:9 e 10).
Que tipo de
gente eram os filhos de Israel, a ponto de Faraó estar com tanto medo deles?
Possuiriam os israelitas algum exército mais poderoso que o exército egípcio?
Seriam donos de um avassalador poder econômico? Eram eles aliados de inimigos
políticos poderosos? Contariam eles com alguma arma secreta mais poderosa e
eficaz do que os tremendos carros de combate do exército de Faraó? Não, nada
disso!
Faraó estava
com medo de um povo formado de pastores e criadores de gado. O armamento mais
formidável que havia no arsenal dos israelitas era os seus cajados de pastores,
que usavam para guiar os seus rebanhos pelos pastos. Humanamente falando, eles
eram totalmente destituídos de poder. À semelhança daquele comandante japonês
na Mongólia, entretanto, Faraó tinha medo não tanto do povo de Israel, e, sim
da verdade que, se fosse descoberta, haveria de deixá-lo impotente, despido de
toda a autoridade.
Vamos ouvir agora Faraó descortinar a sua estratégia: “Temos de agir com astúcia…” Isso não faz parte da linguagem de um
déspota que sabe que controla completamente a situação, mas antes reflete as
maquinações de um enganador, que sabe que a ele falta uma autoridade real. O
que ele temia mais era o que todo general que conta com um exército menor e
mais fraco que outro também teme: a guerra.
“…e, no caso de guerra, aliem-se aos nossos inimigos, lutem contra
nós”. Faraó sabia
que, se houvesse guerra, os egípcios seriam derrotados. Era preciso evitar a
guerra a qualquer custo!
E qual era o
cerne do temor de Faraó? Não era tanto que ele fosse morto ou que o seu país
fosse invadido, mas antes, que o povo de Israel fugisse do Egito.
De uma
perspectiva militar e política, essa linha de raciocínio não faz sentido para
nós; mas para Faraó parecia fazer sentido. Por quê? Porque ele sabia que seu
domínio sobre os filhos de Israel estava fundamentado em uma mentira, e ninguém
teme mais a verdade do que os mentirosos. Eles sabem que a verdade não pode ser
vencida.
O maior temor de Satanás é idêntico ao receio de Faraó. O seu
incontrolável temor é que a Igreja do Senhor Jesus Cristo tome consciência de
que é mais poderosa do que ele! Ele vive literalmente assustado de que os
filhos de Deus venham a compreender plenamente as implicações práticas da
verdade que “maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 João 4:4). Ele treme de medo diante
da possibilidade da Igreja descobrir que está havendo uma guerra espiritual,
para que venha a fazer parte da mesma. Ora, ao entrar nessa guerra, a Igreja
haverá de aliar-se àquele que já derrotou Satanás.
À semelhança
de Faraó, o âmago do temor de Satanás é que a Igreja venha a sair dessa terra.
De que terra? Da terra do cativeiro, onde ela está sendo mantida. Por quê?
Porque quando isso acontecer, então todo o império do diabo haverá de sucumbir.
Os prisioneiros de Satanás deixarão suas masmorras ao ouvirem de sua
emancipação espiritual. As fortalezas do diabo, sobre as nossas cidades, serão
rapidamente conquistadas quando os anjos forem enviados para ajudar a Igreja
dedicada à oração. Para tanto, a Igreja terá que aprender a orar com
autoridade. Não pedindo migalhas de um astucioso comandante de acampamento de prisioneiros mas na qualidade de um exército em avanço, que sabe que está
destinado a vencer.
Créditos: Pastor Jómarson Dias / Dep Ministério Pessoal e comunicação da AMC
Parabéns pastor pelo artigo.
www.voxdesertum.blogspot.com
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