segunda-feira, 7 de maio de 2012


DIA DO TRABALHADOR BRASILEIRO – 2012

O que comemorar?
A vitória da atividade produtiva.

Por que comemorar?
Porque o trabalho lícito é o único meio digno de sobrevivência.

Como comemorar?
Agradecendo a Deus as faculdades, intelectual, moral, espiritual e física para trabalhar.

Perguntas que no decorrer do texto não se calam.

No coração, no bolso e na família de cada trabalhador, certamente há uma ansiedade para dar um norte mais consistente e mais amplo a estas perguntas.
Os tempos se passaram, a democracia tão prometida chegou; e os fogos que festejaram a saída dos militares se apagaram, virando apenas uma história talvez mais triste do que a anterior, por se tratar de uma nova filosofia social.
As promessas de um socialismo humanitário, infelizmente também se apagaram e hoje ainda restam poucas lembranças de um tempo onde o trabalho era algo que realmente dignificava os seres que fizeram e ainda fazem este Brasil.
Qual é o real cenário em que nos encontramos como classe trabalhadora?
Parece estarmos vivendo um paradoxo, para não dizer um momento de terror nacional no que se diz respeito a empregos e desempregos, empregados e trabalhadores.
O que está acontecendo realmente?
Como está o mercado de trabalho? Não parece real o que a mídia coloca em evidência.
Por que tanta gente sem fazer nada e tanta violência nos dias atuais?
Um país onde a educação é tratada como algo sem a prioridade que merece, só pode estar como está.
As grandes empresas tiveram um avanço tecnológico acima da realidade educacional no que tange a mão de obra técnica especializada, por isto trazem gente de fora para trabalhar aqui. Nada contra os de fora, pois somos bons hospitaleiros.
Lembro-me dos tempos do SENAI na antiga ACESITA onde eu tive dois privilégios ainda com apenas 15 anos:
Entrar para o SENAI, ter aulas profissionalizantes por período de quatro horas durante três anos, na parte da manhã e ter à tarde quatro horas de prática dentro da usina siderúrgica já como empregado. Idade? Entre os 15 e 16 anos. Naquele tempo, trabalho era parte essencial da marca que qualificava o caráter do homem para torná-lo um cidadão completo.  O Ministério do Trabalho disponibilizava a carteira de trabalho do menor. Bons tempos! Pouca ou quase nenhuma violência, porque maioria trabalhava desde cedo para ajudar a família! Famílias ajustadas e filhos criados com limites! Afinal, alguém hoje pode com toda sinceridade perguntar: O que são limites? O que é isto que o Robin está se referindo?
Aceito como sinceras as perguntas, pois limites são coisas, que há muito já estão distantes da família brasileira. A educação moderna, com a ajuda da mídia, se incumbiu de destruir as bases fortes da estabilidade social. Tudo hoje é relativo, certo é o que cada um tem na cabeça e faz. Só que os resultados a partir desta premissa de relativismo não tem sido os melhores.
Os psicopedagogos, da educação moderna, em quase maioria, salvo às exceções merecidas, infelizmente compreenderam mal a aplicação da educação corretiva, e afastaram os marcos antigos da ética e da moralidade, para ficarem bem tranquilos com os alunos e famílias destes.
Mas o que dizem os professores quanto ao confronto com marginais nas alas de aulas diariamente?
A falta de compreensão de muitos educadores a respeito da aplicação correta da filosofia construtivista da educação dos tempos modernos, infelizmente, concorreu para que jovens se tornassem “independentes” por demais.
O fato é que grande parte destes jovens preferiu arriscar a construção de suas próprias masmorras, ao invés de optar pela ordenança do trabalho digno e honesto prevista pelo próprio Criador do ser humano, como princípio insofismável de construção de Lares estáveis e equilibrados. A autoridade “serviço” dos pais caducou, e como resultado...
Esta é uma das causas claras que revelam mesas de advogados, promotores e juízes abarrotadas de processos contra jovens que aguardam a maior idade civil para responder por seus precoces crimes.
Pergunto: Se há uma lei que dá o aval para os jovens de 16 anos votarem, por que não uma lei regulamentada de obrigatoriedade do Estado a dar emprego e trabalho a esta turma; e por que não uma lei para julgar os crimes destes “eleitores”?
É até compreensível que o Estado não queira gastar com delinqüentes nos presídios, mas por que não reestruturar a educação integral, onde se combinem estudo e trabalho?
Trabalho é um estilo de vida tão sério que aquele que não trabalha, a menos que comprovada sua imperiosa incapacidade, não deve comer, ou ser pesado direta, ou indiretamente à Família ou à sociedade.
A cultura educativa, de certa forma abalizou a atitude de inverter os valores da família e toda a sociedade está pagando caro o ônus desta fatídica inversão.
Pais estão desesperados com filhos mergulhados nas drogas e nos crimes consequentes, mas a família está preservada do ponto de vista político social.
A cultura Política e Social de nosso Brasil, ao invés de promover a motivação da Educação e Trabalho como forças essenciais da nação motiva com exemplos vivos as Famílias e juventude a explorar o caminho mais fácil como sustento sem trabalho. 
Qual é a verdade, no entanto? A Família carrega sozinha o ônus dos desequilíbrios nela existentes, porque o “social” é apenas uma arma para ganhar o voto dos inconseqüentes.
Cadê o socialismo de distribuição igualitária, prometido pelos esquerdistas das décadas a qual chamaram de repressão militar?  Onde está o pecado de um menor trabalhar sem ser explorado? O que é melhor, um menor no trabalho, ou nas drogas? No crime contra a Família e a sociedade que ainda trabalha, ou nas escolas de qualidade em dois turnos como nos SENAIS das décadas de 60 e 70? Nas cadeias, gastando o dinheiro dos impostos, ou no trabalho honesto e digno? Ou nas ruas sendo sustentados de porta em porta pela própria sociedade e ONG’S?
Com certo direito cultural, pode expressar o jovem de hoje: Por que, e para que trabalhar, se eu posso pagar poucos meses de contribuição previdenciária cometer um crime, e minha família estar segura, recebendo um gordo benefício per capto da Previdência Social que outros pagaram e que hoje estão quase a morrer à míngua com a desvalorizarão do benefício? 
Mas, para que trabalhar cedo, se as regras de aposentadoria não me darão segurança alguma para o futuro sombrio do trabalhador contribuinte?
No dia do trabalhador, todas estas ponderações devem estar no cardápio a ser digerido pela sociedade trabalhadora brasileira.
Os mesmos homens que fomentavam as graves nas décadas passadas, onde salários e outros direitos adicionais eram muito melhores, subiram ao poder.
Muitos deles trabalham contra os trabalhadores levando-os à miséria e às doenças profissionais causadas pelo excesso de trabalho e responsabilidades em cargas horárias que ainda são pesadas para a classe atual, menos resistente do que a mão de obra de outrora.
São as próprias estatísticas do próprio Ministério do Trabalho que detectam e publicam na TV os resultados das doenças profissionais crescentes de agora em número cada vez mais alarmante, e com um agravante:
A previdência Social a cada dia se arma contra a classe trabalhadora, no sentido de minimizar com leis adicionais mais e mais os direitos de afastamentos por doença, e paga os seus peritos e advogados para deixar um trabalhador trabalhando doente até que ele morra no trabalho sem benefício justo.
Reitero: Mas aos bandidos na cadeia, está garantida a sua parte no bolo cujos ingredientes em nada ajudaram. É a TV; a Veja, a Isto É, e os demais canais da mídia que mostram todos os dias esta realidade; não é, no entanto, uma acusação que faço à revelia às respeitáveis instituições.
Graças a Deus que a democracia ainda não cassou os direitos da livre informação na mídia.
Os trabalhadores merecem um abraço em seu dia! Mas merecem mais do que isto: Reconhecimento, respeito, dignidade e aplausos, por continuar fazendo uma nação ainda que com sérios prejuízos e exploração dos SOCIALISTAS que pouco, ou nada fizeram, ou fazem contra o CAPITALISMO que denunciavam antes das diretas já.
Meus sinceros respeitos aos governantes, mas vocês devem muito aos Trabalhadores brasileiros, quer da ativa, aposentados e pensionistas.
Acorda Brasil – 1º de Maio de 2012 - voxdesertum

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