quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ESPERANÇA ALÉM TÚMULO - CONTINUAÇÃO

Terceira Parte


A Influência Greco-flosófica no cristianismo - Em Éfeso, Paulo advertiu a Igreja com relação às heresias que certamente haveriam de conspirar contra a fé cristã (Ver Atos dos Apóstolos capítulo 20, versos 29 e 30; Colossenses capítulo 2 verso 8). Filosofias e conceitos equivocados permaneceram no Cristianismo já nos seus primórdios.


Alguns teólogos conhecidos como pais da igreja buscaram na filosofia grega conceitos que passaram a exercer significativa influência na teologia cristã
Por exemplo: com base nesses mesmos conceitos filosóficos, Orígenes (c. 200 d.C.), Agostinho, conhecido como o bispo de Hipona (354-430 d.C.), Tertuliano (160-240 d.C.) e outros contribuíram acentuadamente para a formação do que posteriormente se tornou conhecido como a doutrina do purgatório

O Dr. Siegfried Júlio Schwantes afirma: “A noção popular e indefinida da imortalidade da alma foi guindada por Platão, em seus Diálogos, ao nível de uma verdade eterna. Dos ensinos neoplatônicos de Plotino, essa noção se infiltrou na teologia cristã medieval e ainda hoje colore o pensamento de muitos” (O Despontar de uma Nova Era, página 250).



A culminação desse processo ocorre com Tomás de Aquino (1225-1274 d.C.), teólogo, filósofo e monge dominicano. Ele advogava a ideia de que a filosofia e a religião andavam juntas. “Para Tomás de Aquino, a continuidade da existência da alma após a morte era uma necessidade por causa da justiça na experiência humana, justiça que consiste em recompensa ou punição – o destino inevitável da cada alma incorpórea (Suma Teológica, 3 Suppl. 75.1, 2).


O componente que ainda restava ser desenvolvido para compor o quadro medieval da morte estava relacionado com a purificação da alma pela penitência
Desse modo, a Igreja Católica Romana impôs sobre os pecadores contritos uma obrigação ou penitência para purificá-los na preparação para receber a derradeira recompensa de Deus na ressurreição.
As obras de penitências inacabadas nesta vida seriam concluídas depois da morte: “O castigo do purgatório tem a intenção de complementar a satisfação [da justiça divina] que não foi inteiramente concluída no corpo” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, Paginas 380 e 381).


Citando E. Pentavel em O Problema da Imortalidade, lemos: “A teoria da imortalidade da alma foi uma das falsidades que Roma tomou emprestada do paganismo, incorporando-a à religião da cristandade. “Martinho Lutero classificou-a entre as monstruosas fábulas que fizeram parte do monturo romano dos decretos” (O grande Conflito página 549). 

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