Quarta Parte
Por exemplo: O relato bíblico da parábola do rico e Lázaro, em Lucas capítulo 16 versos 19 a 31, tem sido interpretado como prova de que há vida depois da morte.
Nessa parábola, porém, Cristo enfatizava como ponto central o fato de que a salvação é estendida ao homem apenas enquanto ele vive e pode exercer seu livre arbítrio.
Em Lucas, capitulo 23, verso 43, Cristo concede ao ladrão a plena certeza de salvação. Algumas traduções da Bíblia, nesse caso, parecem favorecer a ideia de vida após a morte.
Todavia, é fundamental considerar o fato de que as cópias originais dos manuscritos do Novo Testamento até o 9º século não tinham um sistema de pontuação, como temos hoje.
Além disso, o próprio Jesus não foi para o paraíso naquele mesmo dia (Confira Mateus, capitulo 28, verso 6; e João, capitulo 20, verso 17). Paulo diz que a recompensa dos justos ocorrerá somente no dia final (Confira 2ª Timóteo, capitulo 4, versos 7 e 8).
Na sequencia, (Apocalipse, capitulo 20, verso 10) fala da destruição do Diabo, da besta, e do falso profeta no lago de fogo; e completa: “e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos”.
Com base nesse texto, muitos têm advogado a ideia de que o fogo é inextinguível e, portanto, os pecadores sofrerão tormento eterno, pressupondo, evidentemente, a vida eterna nesse lago de fogo. Essas pessoas não entendem que Sodoma e Gomorra foram destruídas com fogo eterno (Confira Judas verso 7) e se tornaram cinzas (Confira 2ª Pedro, capitulo 2, verso 6), indicando assim que elas foram completamente extintas.
Quinta e Última Parte
Como cristãos adventistas do sétimo dia, cremos que o estado do homem na morte é de plena e absoluta inconsciência (Confira Eclesiastes, capitulo 9, versos 5, 6 e10).
A morte é comparada ao sono (Confira João, capitulo 11, versos 11 a 14). O homem não mais retorna à sua casa para contatos com familiares (Confira e compare a advertência em Deuteronômio capitulo 18, versos 11 e 12; com Jó, capitulo 7, versos 9 e 10).
A Ressurreição de Cristo é o penhor (garantia) da Ressurreição dos justos de todos os tempos e lugares (Confira 1ª Tessalonicenses, capitulo 4, versos 14 e 16). A recompensa dos justos ocorrerá por ocasião da segunda Vinda Gloriosa de nosso Salvador e Senhor Jesus (Confira 2ª Timóteo, capitulo 4, versos 7 e 8).
Ao longo do tempo, a dor, a doença, a morte, os cortejos fúnebres, as lágrimas, e o luto têm alcançado milhares dos filhos de Deus neste mundo. Familiares vêem seus queridos descerem à sepultura. Para os filhos de Deus açoitados pela dor do luto um novo amanhecer irá despontar.
Estamos nos aproximando do grande dia em que os fiéis serão revestidos da imortalidade e da incorruptibilidade. (Confira 1ª Coríntios, capitulo 15, versos 52 a 54).
“Que manhã gloriosa será a da Ressurreição! Que cena maravilhosa se abrirá quando Cristo vier, para Se fazer admirado (Confira Isaias capitulo 25, versos 8 e 9) em todos os que crêem!
Todos os que passaram pela humilhação e pelos sofrimentos de Cristo serão participantes de Sua glória. Pela Ressurreição de Cristo, todo santo cristão que adormece em Jesus sairá, triunfante, de seu sombrio cárcere. (Confira João capitulo 5, verso 28 e verso 29 parte a).
Os santos ressurretos proclamarão: ‘Onde está, ó morte o teu aguilhão? Onde está ó inferno, a tua vitória?” (Confira 1ª Coríntios, capitulo 15, verso 55, ARC). [...]
“Jesus Cristo triunfou sobre a morte, e rompeu os grilhões do túmulo, e todos os que dormem no túmulo participarão da vitória; sairão das sepulturas, (Confira Isaías, capitulo 26, verso 19 ARA) como fez O Vencedor” (Confira também; Mensagens Escolhidas, Volume 2, páginas, 271 e 272).
Naquele dia, Fabrício e sua querida mãe se encontrarão. Como disse Paulo: “Consolem uns aos outros com essas palavras” (Confira 1ª Tessalonicenses, capitulo 4, verso 18, NVI)
Imortalidade condicional
Segundo o Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, página 382, o posicionamento adventista sobre o assunto da imortalidade condicional foi adotado pelas seguintes razões:
. Esse posicionamento representa o ponto de vista bíblico livre de especulação filosófica e da tradição eclesiástica, principalmente a tradição da purificação da alma no purgatório já deplorada pelos reformadores.
. Foi defendido pela igreja primitiva, ressurgindo durante e depois da Reforma.
. Confirma a familiar descrição bíblica da morte como um estado de inconsciência semelhante ao sono, rejeitando a concepção de existência continua da alma após a morte.
. Apoia o ensino bíblico de que a imortalidade não é inerente à natureza da alma, nem é conferida na morte, mas somente na Ressurreição dos mortos.
. Realça a ênfase do Novo testamento em Cristo como o caminho único para a vida eterna, sem levar em conta nenhum mérito acumulado pela alma depois da morte.
Bibliografia e base Bíblica:
Grifos e itálicos acrescentados.
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