domingo, 23 de outubro de 2011

Reencontro

O que é isto? Um programa? Um ministério? Ou ainda uma festa?

Para mim, uma das várias formas de Reavivamento da fé.

Para Quem?


Para as dracmas perdidas no palheiro da própria casa.

Para as ovelhas pródigas que um dia se foram por se considerarem independentes do Pai.

Para ovelhas que caíram e não compreenderam o verdadeiro espírito da disciplina.

Em fim; para todos os que não se comprometeram em uma sequer das atividades da Missão para desenvolver os dons.


Desde que conheci a Igreja estive presente nesta programação chamada REENCONTRO, e como estava sem experiência não compreendia bem a magnitude desta expressão.
Havia normalmente um fim de semana a cada ano, começando numa sexta à noite e terminando no domingo, onde músicas, sermões e outras atividades pertinentes eram todas voltadas para um apelo solene aos que por algum motivo haviam se extraviado do redil.

Só fui compreender melhor esta solenidade quando estudei um pouco as três parábolas de Lucas 15; a da Ovelha perdida, da Dracma perdida e do Filho Pródigo.Daí então, o sentido do reencontro tomou uma dimensão em minha vida com tamanha forma, que eu o reconheci como algo muito além de uma programação.

Aqueles fins de semanas anuais, quase sempre em outubro, tornaram-se uma escola para mim no sentido de aprender o quanto vale cada ser humano para o sublime e solene projeto, e grandioso sonho de Deus para cada um de nós.
Daí para cá eu passei a me questionar mais sobre algo de importantíssima relevância no papel da Igreja no mundo pos moderno: "Conservação da Qualidade e da Unidade da Igreja" e seu papel interno e externo como missão, e com isto segue abaixo minha mensagem aos que um dia nos deixaram. 

Só há uma maneira de conservar os batizados na fé: "Acolhendo-os e fazendo-os sentir como família", onde Deus por meio de Seu Espírito restaura as feridas e supre as necessidades mais profundas do ser. 

Parece que foi ontem!...


Você e muitos outros podem até pensar assim... Mas a Realidade é outra!...

Você e nós sabemos que um dia, por essas coisas da vida, você saiu por aquela porta...Creia! Isto aconteceu também comigo e fez parte de minha experiência.


Talvez, quem sabe, por uma única causa, sua Fé pode ter sido interrompida!... Por outro lado, sua decisão de ir-se embora possa ter sido o resultado de inúmeras causas que nunca ficaram bem esclarecidas, ou se o foram, nós, infelizmente não fomos sábios o suficiente para compreendermos, e nem soubemos dar o trato necessário para cada pormenor que você merecia e ainda merece...  Desculpas não justificam.

Então, chegou o dia!... Você saiu!... Escapou-se infelizmente entre os dedos de nossas frágeis mãos!...


Os nossos olhos, mareados pela cortina das lágrimas, mal podiam vislumbrar você desaparecendo sob a névoa sombria que envolviam tanto a você como a nós. Nós ficamos aqui, absortos com tantas tentativas a princípio inúteis para descobrirmos a verdade sobre sua ausência!...


A cada ano, a cada dia, a cada momento, quando pensamos em você, corremos à porta, a mesma por onde você saiu, como se estivéssemos numa varanda de uma Casa Grande, onde podemos lançar ao longe os nossos olhos para a infinita estrada do tempo...

Forçamos ao máximo a vista, tentamos quebrar com a mão a intensa luz ofuscante do Sol do Meio dia que nos impedia a visão, mas, mais um dia se passava e você só ficava na lembrança, na saudade, e no imenso desejo que temos de Reencontrá-lo...


Ah Irmão (a)! Ah se você soubesse, ou pudesse imaginar o quanto nos é difícil, olhar para o banco vazio que você deixou, e ter que engolir a seco a vontade de lhe ver assumindo o lugar que ninguém poderá preencher...

Deus, meu irmão, minha irmã! Jamais fez alguém igualzinho a você, e, é por isto que seu lugar ainda está vazio!... Na caixa do fabricante não cópia, não há rascunho e não há mais barro para fazer outro ser igual a você. Compreenda isto! Queremos lhe abraçar novamente!


Hoje? Que dia é hoje? Hoje é um "Dia Especial"!... É o dia de você voltar! Você apareceu!...

Não foram as cartas, não foram os apelos essencialmente humanos, que lhe convenceram a atender o chamado.

Foi o "Amor" d'Aquele que um dia pela primeira vez fez você abraçar a Fé com aquele toque especial e  personalizado. Só Ele pôde realizar um novo Milagre!... O Milagre de nos privilegiar com sua presença neste Reencontro.


Precisamos não nos esquecer, que as ondas do mar desta vida um dia nos arrastaram às mais profundas e sombrias experiências, mas ao contrário, não há jamais profundidade que seja impenetrável para Aquele que nos conhece desde antes de termos vida, do qual não temos como fugir... SL. 139: 16.


Valeu a pena!... Você atendeu os apelos do Espírito Santo, e, em conseqüência, deu atenção ao nosso convite.

Hoje nos levantamos cedo, corremos à varanda como todos os dias, e hoje não voltamos decepcionados... Você veio! Que bom!... 


Queira Deus que neste Reencontro, você possa derramar no Altar da Vida os impedimentos, todas as amarras, e possa fazer um Novo Concerto para a Vida Eterna!...


Apelo a todos os que um dia deixaram as fileiras do combate pela fé,que retornem! Não esperem por uma programação, pois ela pode não acontecer e o tempo de Deus é sempre agora. Todos poderemos dizer como São Paulo: "Acabei a carreira e guardei a fé", e agora espero a coroa da vida, a qual Ele me dará naquele dia (da volta de Jesus), não só a mim, mas a todos os que o aguardam. 
 Seja Bem Vindo (a)!

Vox Desertum - Robin - 23/10/2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Glória e Revelação no Deserto?


Hoje iremos analisar dois aspectos fundamentais diferentes no contexto do deserto.

Nem sempre a aridez inóspita, a sensação de vazio e a solidão devem ser consideradas, ou assimiladas como fim da linha, ou caos.

Sabemos que no deserto não são muitos os oásis, e estes, às vezes se encontram muito distantes entre si. Este fato requer dos viajantes que supram suas bolsas d’água, para que possam suportar o jornadear, porque Canaã pode estar ainda muito longe.

Poderá haver glória no deserto mesmo entre esparsos oásis? Afirmo com absoluta certeza e convicção que sim. Fatos? Oh sim! A história não mente.

Moisés, Elias e especialmente o apóstolo João são testemunhas em seus escritos, e nos amimam a caminhar ainda que à nossa frente nada possamos ver de promissor.

O profeta Elias estava desolado no deserto fugindo da perseguição da rainha Jezabel, e de repente veio a revelação de Deus para seu conforto, segurança e redirecionamento ao alvo de sua missão que estava prestes a terminar.

Como resultado, o deserto de Elias terminou com sua vitória surpreendente ao ser literalmente tomado em vida por seu Senhor em quem sempre confiou não obstante aos altos e baixos como qualquer ser humano.

Moisés ainda no deserto há 40 anos cuidando das ovelhas de seu sogro, pôde contemplar a revelação de Deus naquela sarça, aquilo que talvez não tivesse o privilégio de ver caso tivesse ficado no Egito exercendo a posição de vice rei no âmbito das invejáveis “glórias dos faraós”.

A vida do profeta Eliseu, sucessor de Elias teve seus percalços na jornada de seu deserto, mas Deus o coroou com grandes vitórias.

No entanto, a mais importante e empolgante história sobre vitórias no deserto acontece já em nossa era cristã, na Ilha de Patmos, encosta vulcânica e solitária do Mar Egeu. Nada mais incrível na vida de um homem que a revelação de Deus ao degredado e odiado apóstolo João.

O homem que por causa da voz da verdade que proclamava aos corações perdidos no deserto da ignorância sobre Cristo crucificado e ressurreto, foi por ordem do Imperador Domiciano submetido à crueldade de ser imerso em um caldeirão de óleo fervendo, mas assim como os três jovens hebreus na citação de Daniel capitulo três saiu ileso. Este gigante da fé foi então exilado para a Ilha de Patmos na tentativa que o imperador tinha de calar a voz do evangelho.

Todos os que conhecem a história de João no Apocalipse podem testemunhar da real revelação de Deus, Sua glória, Seu poder e seu interesse por todos nós e especialmente por seu servo exilado por causa da verdade.

Foi ali naquele recanto árido, solitário e inóspito que diante do apóstolo desenrolaram as cenas mais importantes da história com a mensagem que chegou a nós. Estes registros bíblicos são a incontestável prova que, quando Deus está a dirigir seus mensageiros, nada e nem ninguém pode, ou poderá calar a voz que clama no deserto; porque “o deserto não é necessariamente um lugar de derrotas”, quando Deus está no controle.

Amigo (a)! Não interrompa sua jornada! A areia está quente? Caminhe assim mesmo!
O vento frio corta a alma? A Revelação de Deus lhe trará calor ao coração! Perto está Canaã. Assinado: Vox Desertum – Robin – 19/10/2011.
     

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Deserto em família

Hoje eu quero chamar a atenção de meus amigos para percorrerem comigo pelos infelizes lares desertos assombrados pela ausência dos mais importantes personagens que lhes representam: “os pais”.

A necessidade até justificável desta ausência torna o ambiente de grande parte das famílias do mundo atual, ermos e solitários. E para piorar os filhos que neles habitam ficam inseguros e não sabem para onde ir.

A solidão é algo que induz o ser humano desde a mais tenra idade a sucumbir diante da afirmação de que são incapazes de se sustentar. È aqui que começam as frustrações quase imensuráveis, porque faltam os agentes de suporte na formação básica de seres que não conseguem se desenvolver de maneira sã e segura.

Já pensou em um lar onde os educadores são a TV e a babá? Nada aqui contra a TV e a babá em si mesmas, mas este é sem dúvida um lar de solo desértico, árido e sem vida plena, onde os filhos estão à mercê do vento quente da atmosfera carregada de informações secas que mais deformam e pervertem do que outra coisa qualquer.

Viver em um lar sem a presença cabal dos pais é o mesmo que sentir o frio cortante e doloroso das noites em que o vento gélido é a resposta única para as mais importantes perguntas que acabam perecendo no fundo frio dos corações sensíveis das crianças.

Podemos com toda certeza ler no fundo dos olhos da maioria dos estudantes da primeira fase escolar tal desolação como se estivessem literalmente cursando a jornada pelas areias sem fim onde o cansaço os impede de ver o horizonte ao longe.

Pais cansados chegam à noite ao Lar! Cadê os filhos? Assim como dormindo estavam, quando saíram aos afazeres, dormindo os encontram... O que estes filhos fizeram durante o dia? Encontrar as tarefas escolares e outras atividades prontas é o suficiente? Estejam certos de uma coisa, corações cheios de dúvidas e carentes de amor podem até estar dormindo, mas na essência do ser está velado algo que mais cedo ou mais tarde haverá de se revelar para a tristeza de muitas famílias.

É importante desde cedo, passar pelos desertos para que se construam os alicerces da maturidade, mas como passar sozinhos, sem a ajuda dos guias mais importantes da terra? Pais, eu não sei até onde já foram nesta louca corrida em busca daquilo que consideram melhor para os filhos, mas eu apelo para que reflitam, pois agindo assim estão construindo ainda no deserto algo pior, que é um abismo entre as relações de vocês com as pessoas mais importantes desta terra “os filhos”.

Certamente nossos filhos terão algo mais sublime a dizer sobre nós no futuro, se tão somente nós pais transformarmos o deserto de nossos lares em oásis onde todos podem abeberar de uma fonte rica de relacionamentos abertos e saudáveis construídos pelo amor às pessoas e não às coisas que certamente jazerão no deserto. Eu clamo aqui em alta voz! Façam de sues Lares um oásis!


Por Robin

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Por que deserto?

Não obstante a realidade de estarmos vivendo em meio a tão grande aglomerado de pessoas e coisas ao nosso redor, podemos sem sombra de dúvidas afirmar que em tempo algum houve tamanha necessidade de evidenciarmos nossa presença como agora. Milhões vivem como se estivessem literalmente em um deserto.


A velocidade em que os seres humanos estão a percorrer diariamente revela cada vez mais a ânsia e a angústia que assola grande parte da humanidade. Eis aqui a motivação mais relevante que caracterizou a origem do nome de meu Blog.

É incrível ver pessoas, seres humanos criados à imagem de Deus o criador em condições de tamanha devastação como em nossos dias, a considerar os avanços do pós-moderno. Se fôssemos nos apoiar na lógica da tecnologia e suas facilidades certamente acreditaríamos que estaríamos de certa forma independentes e tranquilos; no entanto, a realidade tem se mostrado o avesso desta lógica. Nunca houve tanta luta em todos os segmentos da sociedade e da ciência em que o foco fosse direcionado para dar suporte a tamanhos desajustes de ordem psicoemocionais. 

Pessoas a cada momento necessitando apenas que alguém pare para ouvi-las, e isto então, motivou o crescimento da grande empresa da psicoterapia com seus mais modernos aparatos "para socorrer" o povo doente. A indústria da assistência cresce quase que desordenadamente. Para que? Para tentar achar a identidade de tantos que estão a vagar perdidos pelo deserto da insatisfação, da ignorância, da dor e de tantos sofrimentos ainda não diagnosticados. A industria da auto-ajuda cresce e infelizmente, o número de suicídios estão em tremenda competição com a demanda da cura. 

No passado a família humana já sofria esta síndrome do desgosto e medo de enfrentar as crises. 

Elias o profeta, depois de uma grande vitória entrou no deserto do medo, mas felizmente encontrou refúgio no médico certo, recebeu a medicação certa na hora certa, e seu fim não foi um suicídio, mas o ser elevado em vida para junto de seu provedor de socorro. 

João Batista viveu de perto o grande problema das pessoas que não sofriam, apenas o calor cáustico, ou o frio do deserto geográfico, mas ele foi mais longe, percebeu o deserto interior das pessoas necessitadas de Deus e ergueu a voz cumprindo em seu tempo a missão de levar a verdadeira cura aos desvalidos por falta de perdão. Mais tarde ele mesmo sofreu como Elias o deserto na cela daquela prisão, vivendo a dúvida sobre a realeza e a verdade d'Aquele que ele apresentara pouco antes ao povo e que testemunhara a confirmação de Deus sobre a identidade do grande mestre. 

Amigos! Eu os convido a caminhar comigo pelo deserto desta vida através deste Blog, mas na certeza que Cristo é o oásis em nossa jornada por este deserto onde podemos ser aperfeiçoados para entrar na vida que ele desde os tempos eternos nos preparou. Todos podemos passar pelo deserto sem necessariamente ser vitimados por ele. Este é meu propósito aqui.

Vox Desertum