domingo, 27 de novembro de 2011

QUAL É O TEMPO MAIS IMPORTANTE?

QUAL É A RAZÃO DA CORRERIA?

No galope desenfreado deste mundo pós-moderno, as pessoas quase não fazem do tempo aquilo que é mais importante.
A troca de valores e de prioridades nos espreme contra a parede do "urgente". A tônica é sempre a mesma: “Não tenho tempo”.
Trocamos pelo "ter", e deixamos de "ser" aquilo que Deus planejou que fôssemos.

Onde estão os valores da família?
Pai e mãe! Onde estão, com quem estão, e, o que estão fazendo os seus filhos agora, enquanto lêem minha mensagem?

Muitos filhos estão se perdendo no deserto desta vida louca, porque estão longe dos braços dos pais!
Querem apenas ser ouvidos! Querem no fundo ter limites que lhes proporcionem segurança.
Querem ouvir a expressão "eu te amo" da parte dos pais.
Nada acalma mais um filho do que esta expressão; falo por experiência. Há um verdadeiro milagre no “eu te amo” dito com sinceridade.

Olhem! Se vocês não derem AMOR aos filhos, eles o buscarão fora, em fontes duvidosas, e beberão certamente a água suja deste estranho mundo.
O senso presencial está agonizante, e vai com certeza expirar, se você pai e mãe não derem um "taime".
Mas, antes do "taime" é necessário um "stop" de verdade, e talvez bruscamente, para refazer os planos antes que uma surpresa lhes aconteça em menos tempo que imaginam.

Quanto tempo você tem para os filhos? Quanto de você eles percebem como deles?
Quando é que você viu seu filho acordado e falou com ele, o abraçou-o, beijou-o, e lhe disse, num suave sussurro, o quanto ele é importante para você?

Quando é que você chegou em casa com pelo menos uma rosa e um beijo carinhoso para sua esposa?
Quando é que você abriu os braços e disse ao seu esposo ao ele chegar do trabalho; "eu te amo", e lhe deu aquele abraço e aquele beijo que aconteciam nos tempos do namoro? Os filhos que presenciam esta cena crescem emocionalmente seguros e felizes; prontos para os desafios da vida, e sofrem menor incidência de depressão.

Você tem acompanhado o desenvolvimento escolar dos filhos? 
Não transfiram aos professores o fundamento que é dever e responsabilidade exclusivos do lar de estabelecer.
Os presentes... Os presentes... Será que substituem o status presencial diante das futuras vítimas da desolação, ou da marginalidade?
Por mais importante que seja um presente, ele jamais substituirá a sua presença essencial e pessoal.
Estou falando exatamente para todos os pais representados na vida de todos os que nunca têm tempo presente na família.
Nenhum dinheiro será capaz de resgatar aquilo que nunca foi dado à família; especialmente aos filhos.

Ainda que você possa comprar um cemitério só para enterrar junto com você tudo que adquiriu, seus bens se transformarão em pó, assim como você.
Se você se foi, e deixou tudo em um testamento para quem você não amou de verdade, eles não serão capazes de saber administrar e aproveitar sua riqueza, porque não lhes foi ensinado o melhor uso das coisas, pois as "coisas" para você valiam mais do que eles próprios.

Não se desanimem, por favor!
Nem tudo está perdido!

Cristo veio ao mundo exatamente para revelar e colocar em atividade os valores da unidade divina aos esforços humanos; por isto, não estamos sozinhos. Confiem! Estendam os frágeis braços humanos ao potente braço divino!
Decidam e façam o que é melhor para seu maior patrimônio "A FAMÍLIA", e pela graça de Deus a restauração é certa.

Ellen G White escreveu em seu livro "Parábolas de Jesus" estas palavras com respeito ao melhor uso do tempo: "Nosso tempo pertence a Deus. Cada momento é Seu, e estamos sob a mais solene obrigação de aproveitá-lo para Sua glória. De nenhum talento que nos concedeu requererá Ele mais estrita conta do que de nosso tempo".
O valor do tempo supera toda computação. Cristo considerava precioso todo momento, e assim devemos considerá-lo. A vida é muito curta para ser esbanjada. Temos somente poucos dias de graça para nos prepararmos para a eternidade. Não temos tempo para dissipar, tempo para devotar aos prazeres egoístas, tempo para contemporizar com o pecado. “Agora é que nos devemos formar o caráter para a futura vida imortal”.

Texto: Robin - www.voxdesertum.blogspot.com – 27/11/2011.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

ESPERANÇA ALÉM TÚMULO - FIM DO ARTIGO

Quarta Parte

Conceitos modernos – No mundo evangélico predominam teorias equivocadas sobre o estado do homem na morte.

Por exemplo: O relato bíblico da parábola do rico e Lázaro, em Lucas capítulo 16 versos 19 a 31, tem sido interpretado como prova de que há vida depois da morte.
Nessa parábola, porém, Cristo enfatizava como ponto central o fato de que a salvação é estendida ao homem apenas enquanto ele vive e pode exercer seu livre arbítrio.

Em Lucas, capitulo 23, verso 43, Cristo concede ao ladrão a plena certeza de salvação. Algumas traduções da Bíblia, nesse caso, parecem favorecer a ideia de vida após a morte.

Todavia, é fundamental considerar o fato de que as cópias originais dos manuscritos do Novo Testamento até o 9º século não tinham um sistema de pontuação, como temos hoje

Dr. Wilson Paroschi afirma: “Omissões, inversões, repetições e outros equívocos são passiveis de ser cometidos em qualquer cópia manuscrita, e, se o documento for de apreciável extensão, como é o caso da maioria dos livros do Novo Testamento, considera-se certo que duas cópias jamais seriam exatamente iguais entre si, e que nenhuma delas seria totalmente idêntica ao original, ainda mais se o trabalho fosse feito por um escriba inexperiente” (Critica Textual do Novo Testamento, página 77).

Além disso, o próprio Jesus não foi para o paraíso naquele mesmo dia (Confira Mateus, capitulo 28, verso 6; e João, capitulo 20, verso 17). Paulo diz que a recompensa dos justos ocorrerá somente no dia final (Confira 2ª Timóteo, capitulo 4, versos 7 e 8).

Na sequencia, (Apocalipse, capitulo 20, verso 10) fala da destruição do Diabo, da besta, e do falso profeta no lago de fogo; e completa: “e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos”. 

Com base nesse texto, muitos têm advogado a ideia de que o fogo é inextinguível e, portanto, os pecadores sofrerão tormento eterno, pressupondo, evidentemente, a vida eterna nesse lago de fogo. Essas pessoas não entendem que Sodoma e Gomorra foram destruídas com fogo eterno (Confira Judas verso 7) e se tornaram cinzas (Confira 2ª Pedro, capitulo 2, verso 6), indicando assim que elas foram completamente extintas.

Quinta e Última Parte

O posicionamento e a esperança adventistas – Deus suscitou o movimento adventista nos últimos dias para restaurar as verdades lançadas por terra pelo poder do chifre pequeno (Confira Daniel, capitulo 8, verso 12). A imortalidade condicional da alma é uma delas.

Como cristãos adventistas do sétimo dia, cremos que o estado do homem na morte é de plena e absoluta inconsciência (Confira Eclesiastes, capitulo 9, versos 5, 6 e10).

A morte é comparada ao sono (Confira João, capitulo 11, versos 11 a 14). O homem não mais retorna à sua casa para contatos com familiares (Confira e compare a advertência em Deuteronômio capitulo 18, versos 11 e 12; com Jó, capitulo 7, versos 9 e 10).

A Ressurreição de Cristo é o penhor (garantia) da Ressurreição dos justos de todos os tempos e lugares (Confira 1ª Tessalonicenses, capitulo 4, versos 14 e 16). A recompensa dos justos ocorrerá por ocasião da segunda Vinda Gloriosa de nosso Salvador e Senhor Jesus (Confira 2ª Timóteo, capitulo 4, versos 7 e 8).

Ao longo do tempo, a dor, a doença, a morte, os cortejos fúnebres, as lágrimas, e o luto têm alcançado milhares dos filhos de Deus neste mundo. Familiares vêem seus queridos descerem à sepultura. Para os filhos de Deus açoitados pela dor do luto um novo amanhecer irá despontar.

Estamos nos aproximando do grande dia em que os fiéis serão revestidos da imortalidade e da incorruptibilidade. (Confira 1ª Coríntios, capitulo 15, versos 52 a 54).

“Que manhã gloriosa será a da Ressurreição! Que cena maravilhosa se abrirá quando Cristo vier, para Se fazer admirado (Confira Isaias capitulo 25, versos 8 e 9) em todos os que crêem! 

Todos os que passaram pela humilhação e pelos sofrimentos de Cristo serão participantes de Sua glória. Pela Ressurreição de Cristo, todo santo cristão que adormece em Jesus sairá, triunfante, de seu sombrio cárcere. (Confira João capitulo 5, verso 28 e verso 29 parte a).

Os santos ressurretos proclamarão: ‘Onde está, ó morte o teu aguilhão? Onde está ó inferno, a tua vitória?” (Confira 1ª Coríntios, capitulo 15, verso 55, ARC). [...]

“Jesus Cristo triunfou sobre a morte, e rompeu os grilhões do túmulo, e todos os que dormem no túmulo participarão da vitória; sairão das sepulturas, (Confira Isaías, capitulo 26, verso 19 ARA) como fez O Vencedor” (Confira também; Mensagens Escolhidas, Volume 2, páginas, 271 e 272).

Naquele dia, Fabrício e sua querida mãe se encontrarão. Como disse Paulo: “Consolem uns aos outros com essas palavras” (Confira 1ª Tessalonicenses, capitulo 4, verso 18, NVI)

Imortalidade condicional

Segundo o Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, página 382, o posicionamento adventista sobre o assunto da imortalidade condicional foi adotado pelas seguintes razões:
. Esse posicionamento representa o ponto de vista bíblico livre de especulação filosófica e da tradição eclesiástica, principalmente a tradição da purificação da alma no purgatório já deplorada pelos reformadores.
. Foi defendido pela igreja primitiva, ressurgindo durante e depois da Reforma.
. Confirma a familiar descrição bíblica da morte como um estado de inconsciência semelhante ao sono, rejeitando a concepção de existência continua da alma após a morte.
. Apoia o ensino bíblico de que a imortalidade não é inerente à natureza da alma, nem é conferida na morte, mas somente na Ressurreição dos mortos.
. Realça a ênfase do Novo testamento em Cristo como o caminho único para a vida eterna, sem levar em conta nenhum mérito acumulado pela alma depois da morte.

Bibliografia e base Bíblica:

Revista Adventista Novembro de 2011
Bíblia Sagrada
Texto copiado e adaptado por  www.voxdesertum.blogspot.com    
Grifos e itálicos acrescentados.


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ESPERANÇA ALÉM TÚMULO - CONTINUAÇÃO

Terceira Parte


A Influência Greco-flosófica no cristianismo - Em Éfeso, Paulo advertiu a Igreja com relação às heresias que certamente haveriam de conspirar contra a fé cristã (Ver Atos dos Apóstolos capítulo 20, versos 29 e 30; Colossenses capítulo 2 verso 8). Filosofias e conceitos equivocados permaneceram no Cristianismo já nos seus primórdios.


Alguns teólogos conhecidos como pais da igreja buscaram na filosofia grega conceitos que passaram a exercer significativa influência na teologia cristã
Por exemplo: com base nesses mesmos conceitos filosóficos, Orígenes (c. 200 d.C.), Agostinho, conhecido como o bispo de Hipona (354-430 d.C.), Tertuliano (160-240 d.C.) e outros contribuíram acentuadamente para a formação do que posteriormente se tornou conhecido como a doutrina do purgatório

O Dr. Siegfried Júlio Schwantes afirma: “A noção popular e indefinida da imortalidade da alma foi guindada por Platão, em seus Diálogos, ao nível de uma verdade eterna. Dos ensinos neoplatônicos de Plotino, essa noção se infiltrou na teologia cristã medieval e ainda hoje colore o pensamento de muitos” (O Despontar de uma Nova Era, página 250).



A culminação desse processo ocorre com Tomás de Aquino (1225-1274 d.C.), teólogo, filósofo e monge dominicano. Ele advogava a ideia de que a filosofia e a religião andavam juntas. “Para Tomás de Aquino, a continuidade da existência da alma após a morte era uma necessidade por causa da justiça na experiência humana, justiça que consiste em recompensa ou punição – o destino inevitável da cada alma incorpórea (Suma Teológica, 3 Suppl. 75.1, 2).


O componente que ainda restava ser desenvolvido para compor o quadro medieval da morte estava relacionado com a purificação da alma pela penitência
Desse modo, a Igreja Católica Romana impôs sobre os pecadores contritos uma obrigação ou penitência para purificá-los na preparação para receber a derradeira recompensa de Deus na ressurreição.
As obras de penitências inacabadas nesta vida seriam concluídas depois da morte: “O castigo do purgatório tem a intenção de complementar a satisfação [da justiça divina] que não foi inteiramente concluída no corpo” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, Paginas 380 e 381).


Citando E. Pentavel em O Problema da Imortalidade, lemos: “A teoria da imortalidade da alma foi uma das falsidades que Roma tomou emprestada do paganismo, incorporando-a à religião da cristandade. “Martinho Lutero classificou-a entre as monstruosas fábulas que fizeram parte do monturo romano dos decretos” (O grande Conflito página 549). 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ESPERANÇA ALÉM TÚMULO - CONTINUAÇÃO

Segunda Parte - A segunda imagem é a de Sócrates.

Aspectos Históricos – Da perspectiva histórica, os fundamentos da doutrina da imortalidade da alma foram lançados e, mediante a astúcia de Satanás, no Éden.

Em Gênesis 3 versos 4 e 5, lemos: “Disse a serpente à mulher: Certamente não morrerão. Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês, como Deus, serão conhecedores do bem e do mal.” (NVI). No livro Patriarcas e Profetas à página 54 está escrito: 

“O tentador insinuou que a advertência divina em (Gênesis capitulo 2, verso 17) não devia ser efetivamente cumprida; destinava-se simplesmente a intimidá-los. Como seria possível morrerem eles? Não haviam comido da árvore da vida?”

No antigo Egito, a vida religiosa permeava diversos conceitos éticos, mas a maior parte de sua literatura era voltada principalmente para a vida após morte. Práticas funerárias e monumentos dedicados aos mortos são evidências da crença e preocupação dos egípcios com a vida após morte. (Ver Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, página 376.)

Os gregos também desenvolveram sua concepção a respeito da vida e da morte. No 5º século a.C. , quando a filosofia estava florescendo, o tema da imortalidade da alma já era de expressão pública, por meio de Sócrates (470-399 a.C), e de Platão (428-347 a.C), principalmente no Fédon, obra filosófica escrita por Platão, na qual se relatam os últimos ensinamentos de Sócrates, antes de ele tomar cicuta por ter sido condenado à morte pelo Estado. 

Sócrates chegou a dizer que, “por ocasião da morte, a alma é libertada do corpo impuro para viver de maneira independente, desobstruída” (Ver Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, página 378).

De fato, como escreveu Maria Lúcia A. Aranha, “a dicotomia corpo-consciência já aparece no pensamento grego no século 5 a.C. , com Platão. Esse filósofo parte do pressuposto de a alma antes de se encarnar teria vivido a contemplação do mundo das ideias” (Filosofando, Introdução à Filosofia, página 311).

sábado, 19 de novembro de 2011

ESPERANÇA ALÉM TÚMULO



Para os filhos de Deus, a dor do luto dará lugar a um feliz reencontro em um novo amanhecer que será eterno.

Introdução

A morte é uma triste experiência pela qual a humanidade passa. É o salário do pecado (Romanos 6:23) e conflita com o desejo humano de permanência. Como afirmou S. Júlio Schwantes: “A transitoriedade das glórias terrestres e a vã esperança de permanência acalentada em todo coração, constituem melancólico contraste. A inevitabilidade da morte lança um véu sombrio sobre os sonhos mais dourados” (O Despontar de uma Nova Era, pág 269).

Fabrício, um jovem cristão, trabalhava numa empresa de informática. Por sua conduta ética, tinha boa reputação no ambiente de trabalho. Certo dia, ele recebeu uma ligação telefônica comunicando que sua mãe havia se sentido mal e estava hospitalizada. Depois de alguns dias, veio o diagnóstico: a mãe dele tinha um tumor maligno em estado bem avançado. Iniciava-se um longo período de tristeza e dor para aquele jovem!
Na empresa, as chamadas telefônicas eram um tormento para ele, pois sua estrutura emocional estava abalada. Por fim, em uma das visitas ao hospital, o médico informou à família que o caso era extremo e que a morte era praticamente inevitável. Depois de muito sofrimento, a mãe de Fabrício faleceu.

Pela primeira vez, ele enfrentava a dor e tristeza causadas pela morte de um ente que lhe era tão querido. Na cerimônia fúnebre, algumas perguntas lhe vieram à mente: O que é a morte? Por que temos que morrer? Isso terá fim algum dia? Enquanto isso, o oficiante procurava confortar os enlutados com a esperança da Ressurreição.
A história de Fabrício reflete o drama de milhões de seres humanos. O apóstolo Paulo diz: “Irmãos, não queremos, porém, irmãos, que vocês sejam ignorantes acerca dos que já dormem, para que não se entristeçam como os demais, que não têm esperança. (1ªTessalonicenses 4:13).

Desde o dia em que nossos primeiros pais ouviram a sentença: “até que tornes a terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás” (Gênesis 3:19), a humanidade tem convivido com este drama cuja contagem regressiva começa no instante em que o ser humano nasce. O apóstolo Paulo afirmou: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”. (Romanos 5:12)

“Daquele tempo em diante, o gênero humano seria afligido pelas tentações de Satanás. Uma vida de contínua labuta e ansiedade foi designada a Adão, em lugar do alegre e feliz labor que tivera até então. Estariam sujeitos ao desapontamento, pesares,  dor, e finalmente à morte, Foram feitos do pó da terra,e ao pó deveriam voltar”. (História da Redenção, pág. 40).

Primeira Parte

Aspectos Linguísticos – O relato da criação do homem é fundamental para nossa compreensão do significado da morte. A Bíblia diz: “E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem passou a ser alma vivente. (Gênesis 2:7). Nesse verso, a expressão hebraica empregada para alma vivente é nephesh hayyáh, que também é aplicada aos demais seres viventes (Confira Gênesis 1:20, 24; 2:19; 9:10, 12, 15).

O substantivo nephesh vem do verbo náphash, que significa respirar, tomar alento, restaurar-se (Ver Dicionário Vine, pág 35). Basicamente, nephesh significa um ser vivente. Em se tratando do homem, o termo se aplica a toda a sua personalidade, com suas características e atribuições (Confira Levitico 17:10; 20:6; 22;6; 23:29; 24:17; Ezequiel 18:4).

Hans Wolff afirma: “O homem não tem nephesh, mas é nephesh e vive como nephesh” (Antropologia do Antigo Testamento, pág 22).
Quando Deus disse: “no dia em que dela comeres certamente morrerás” (Gênesis 2:17), Ele falou para o homem como um todo, e não para duas entidades separadas.
A partir de então, a concepção Bíblica de homem corresponde a uma unidade indissolúvel. A isso chamamos de concepção holística do homem.

Ela aponta para um ser ou alma que respira e que, portanto tem vida. Assim não há meio termo: ou o indivíduo está vivo ou está morto. Dr. Samuele Bacchiocchi afirma: “O ponto de vista holístico da natureza humana tornou possível aos autores bíblicos ver o corpo e a alma como expressões do mesmo organismo” (Imortalidade ou Ressurreição?, pág 74).

Na criação, o homem se tornou um ser vivente mo momento em que Deus lhe soprou nas narinas o fôlego da vida.

Quando a Bíblia descreve a morte, ela o faz mencionando o processo inverso, ou seja, o fôlego de vida se ausenta do corpo (Confira Gênesis 3:19; 34:14, 15; SL 104:29; 146:4; Eclesiástes 12:7). Antes de receber o fôlego de vida, Adão era apenas um corpo inerte, destituído de significado. O corpo dele, inconsciente, já pressupõe o estado do homem na morte. Sem o fôlego de vida o homem simplesmente não existe

Aguardem a continuação do tema - Vox Desertum - 20/11/2011. 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

DECLARAÇÕES DE UM PAI FELIZ

Dia dos Pais - Vale a pena ser pai!

Em meio à iminente e constante ameaça contra os valores básicos e primordiais de sustentação da família, e ao estado avançado da avalanche que bombardeia a sociedade contemporânea com conceitos nada naturais com respeito à situação moral e espiritual, onde o relativismo tem sido a tônica dos auto suficientes e arrogantes, eu posso com toda certeza, como pai deixar uma nota de agradecimento a Deus por ter me concedido a honra, a graça, e o mais alto privilégio que um homem pode usufruir neste tempo chamado contemporâneo. O de ter "Uma filha equilibrada".

Filha! Sei por experiência, que com o diploma de Pai recebi uma grandiosa responsabilidade, que é a de cuidar do maior e mais importante presente que Deus em Sua sabedoria me deu para guardar como depósito e herança Sua (Salmo 127:3) e ter que devolvê-Lo dentro em breve ao ser chamado ao acerto final com respeito ao que fiz deste patrimônio minha filha (Isaias 8:18).

Há um pouco mais de 22 anos chegava ao Lar a alegria de receber você Amanda.
O Paizão aqui já estava para completar 41 anos... Velho para ser Pai? Oh! Não! De forma alguma! Era a hora certa. Era a hora de Deus! 
Eu já estava maduro para tomar em meus braços a maior responsabilidade, e o maior presente que um homem pode ter em suas mãos.

Fato Interessante! Daí para cá, todos os acontecimentos que fizeram nossa história trouxeram de fato algumas provas, mas graças Aquele que nos criou e sustenta chegamos onde estamos hoje. Realizados, e ainda em aperfeiçoamento no interminável ensinamento sobre a grandeza do amor de Deus ante aos valores que norteiam a rota da família.

O estilo de vida que escolhemos de 16 anos para cá, em parte, e às vezes, nos distancia até mesmo de alguns de nossos familiares, mas que bom, temos a graça de conviver respeitosamente uns com os outros em nossas diferenças; aliás, o sabor da vida reside em ter sabedoria para conviver em meio à diversidade de dons e também nas adversidades.
É objetivo de Deus que em meio às diferenças o produto final seja positivo, e devemos sempre que nos for possível perseguir este alvo.

Minha Filha!

Eu estou orgulhoso por ter uma filha que hoje está esmerando-se por se manter reta e íntegra neste mundo louco em que vivemos, onde os íntegros são sempre tentados a terem vergonha de ser quem são, mas nunca se desanime! Daqui só levaremos o caráter que construirmos, e este, nem a Ressurreição será capaz de mudar.

Eu não podia ser recompensado com nada mais importante do que uma filha como você.
Minha alegria de viver tem você como uma das referências motivadoras fundamentais, e as demais são tudo aquilo que completam o jardim de nossa casa a cada dia.
Obrigado por você ser a filha que tem sido até hoje!

Lembre-se sempre! Não importa o que aconteça com você, eu estarei enquanto viver com meus braços abertos para apertar você, sentir a sua presença e seu calor, para nos confortarmos mutuamente.
Siga sempre em frente! Com os pés firmes na Rocha, olhe para cima, e jamais cairá, ainda que as tempestades assolem ao seu redor você estará firme, porque conhece O Alvo.

Insista! Persista e não desista!

Seu Pai – Amo Você Filha! 

Voxdesertum - 14 - 08 - 2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

RECORDANDO 25 ANOS DE NOIVADO...

Alaíde! Meu Amor!

É impressionante e gratificante!

Já se passaram 25 anos e ainda continuamos namorando numa boa.
Como é possivel duas pessoas completamente diferentes caminharem juntas por um quarto de século? Quantos se casaram e descasaram neste período?

Hoje é dia que comemoramos a data do nosso noivado, e foi um noivado de certa forma diferente das formalidade comuns para o nosso tempo. 
Primeiro, porque não houve até hoje um pedido formal da mão de minha noiva aos seus pais. 
Segundo, a gente aproveitou o trenzinho da alegria na festa de 60 anos de casados dos avós paternos de minha amada. Foi massa, esta oportunidade íntima e familiar. Surpresão.

Na hora certa eu tirei as alianças da caixinha, e vapt vup; pronto, eu quero anunciar, que eu e Alaide resolvemos dar mais um passo juntos e queremos comunicar a todos os presentes, que a partir de hoje estamos noivos. Não houve frio na espinha e nem tremedeira nas pernas, estava tudo em ordem.

No dia em que começamos a namorar, lembro-me 06 de Junho de 1986 a gente já combinou quase tudo sobre nossa decisão de nos casar; eu estava pronto para enfrentar o casamento, principalmente com Alaide, esta pessoa especial que chegou em minha vida para não mais sair. A recíproca foi mais que verdadeira. Você estava pronta.

Se eu fosse falar desta especial companheira, haja páginas de Blog para isto, porque o que conheço sobre ela é de invejar qualquer partido, não apenas daquela época, bem como hoje.
Em resumo, ela tem todas as qualidades que eu almejava para a construção de um lar dentro dos parâmetros de minha filosofia de vida. Ela é tudo, esposa, amante, companheira e mulher por excelência. Embora de baixa estatura, uma grande mulher.

Exatamente hoje, 25 anos depois de nosso noivado, eu posso dizer, e digo com toda força de meu coração: Alaíde! Eu começaria tudo de novo da mesma forma, se eu pudesse retroceder o relógio da nossa caminhada aos dias de 1986. Não muitos jovens de hoje começam um relacionamento como nós começamos, com o senso de responsabilidade como nos aconteceu.

Nosso noivado foi tão bom, que foi impossível esperar muito para levar-lhe ao altar, e 11 meses depois Deus nos deu a felicidade, e a oportunidade de selarmos nossa relação para o resto de nossas vidas em 09 de Maio de 1987.

A vida nos trouxe um pacote de misteriosas surpresas agradáveis nesta jornada, dentre as quais a mias surpreendente foi nos premiar com a chegada de nossa filha Amanda em 03 de Março de 1989. Este é o nosso maior e mais precioso presente que devemos a Deus.

Nossa vida nos contemplou com experiências amargas, duas devem ser lembradas hoje como ferramentas permitidas por Deus para nos polir, e fazer de nós pessoas melhores. A doença e posterior falta de sua sogra até hoje machuca os corações da gente, e tenho plena certeza que um dia não muito longe desvendaremos todos os mistérios sobre estas experiências. 

Meu amor! De todos os sobressaltos, o maior deles foi a experiência de ver você acamada. Confesso que houve um momento que meu coração esfriou, mas até aí tivemos uma intervenção que somente mais tarde vamos conhecer, isto é, no tempo d'Aquele que tudo dirige, tudo sonda, tudo conhece, e tudo quer de melhor para todos nós seres humanos.

Eu agradeço a você o apoio nesta caminhada vitoriosa, diante dos desafios que Deus nos tem concedido juntos.
Que bom, que entre nós tudo se resolve no domínio do respeito, da honra e da dignidade.
Que bom ter liberdade e preservação da identidade pessoal. Que bom viver de graça pela graça, sem cobranças, mas com responsabilidade.

Você tem conseguido realizar em minha vida o que eu nunca realizaria por mim mesmo. A cada dia você me surpreende pela coragem diante das lutas, e pela sabedoria em me ajudar compreender o segredo de viver.  

Obrigado por você existir e por ter cooperado para existência daquela coisinha maravilhosa que hoje está em busca de seus ideais. Ela está meio longe, mas bem aqui em nossos corações.
Vamos continuar e aguardar confiantes, porque, "Até aqui nos ajudou o Senhor".

Te Amei! Te Amo! Te Amarei sempre - Róbson - 08/11/2011.