segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

JUGO DESIGUAL - PARTE I I

Segunda Parte – Jugo Desigual

Esquecemo-nos, no entanto, de buscar uma contextualização mais ampla e mais adequada dos demais assuntos de relacionamentos envolvidos entre os capítulos 1 a 6 para discernir corretamente o objetivo da advertência em 2ª Coríntios 6:14.
São Paulo, ao escrever a primeira carta já havia encontrado o cerne dos problemas entre os cristãos daquela igreja em termos de relacionamentos.

Quando nos deparamos com o verso de hoje [2ª Cor 6:14] podemos compreender melhor o desejo de São Paulo no tocante à verdadeira comunhão que deveria e que deve reinar entre os cristãos, e então, ele aplica com muita propriedade a palavra [Jugo], para tentar fazer aquela comunidade corrigir sua conduta ao se associar com indivíduos ou sociedades que nada tinham a ver com os convertidos ao Cristianismo.

Infelizmente, maioria no Cristianismo contemporâneo se detem neste assunto de forma equivocada e parcial, quando quer a todo custo tornar o conselho paulino em norma especialmente quando se trata de namoros, noivados e casamentos de cristãos com outros que não comungam a mesma fé.
Esta conclusão é muito pobre, porque não abrange tudo que deve abranger, e com isto dá provas de pouco discernimento, e ao mesmo tempo cria desmotivação no discipulado de nossa juventude.
Devemos compreender que necessitamos de restrições, ou limites enquanto estamos sendo discipulados na senda de uma nova vida até que nos tornemos maduros para andar com segurança rumo ao destino e missão que Deus proveu para todos nós.

Lideres que ao mesmo tempo em que afligem a juventude com imposições de regras, forçando um jugo que muitos não conseguem carregar cerram os olhos e fazem ouvidos moucos a fatos que acontecem ao seu redor e que merecem também ser corrigidos.
Quantos cristãos nominais estão associados em pequenos, ou grandes negócios, com os mais diversificados associados, com vistas apenas em um provável lucro, e que não são advertidos com a mesma veemência.

Por que a advertência apenas com os que estão planejando o casamento?  

Compreendo que sendo a família o centro de toda a atividade social ser pertinente o zelo para com ela, mas que nosso zelo não seja um zelo sem discernimento, e discernimento a que me refiro aqui é ter um senso justo equilibrado e imparcial de avaliação do todo que acontece neste contexto.
Como compreender o fato de não nos associarmos com os incrédulos, e ao mesmo tempo terceirizar minha empresa e estar na igreja nos fins de semana tentando gozar um sabor cristão sem cessar o lucro neste dia?

Os patriarcas providenciaram meios no passado para que seus filhos se casassem dentro da mesma descendência, e nada errado com esta medida, e ainda era imperativo que o líder da tribo governasse as famílias de seus filhos, e dos filhos de seus filhos, mas eu me pergunto: Cadê a família patriarcal?
Quem é o patriarca que hoje está apto a amplamente governar a esposa e filhos? Contemple ao seu redor e se responda.
Quantos lares de nosso cristianismo estão sendo governados pelos filhos sob o simples pretexto de conivência com o modelo da atual cultura para não perdê-los!

O que isto significa? Significa que dentro do Modelo Laodiceano a energia patriarcal e sacerdotal acabou, e é exatamente por isto que Jesus Se encontra do lado de fora batendo com cuidado e amor à porta desejando entrar no seio das famílias. (Apoc 3:20).

Se nossos jovens estivessem sendo educados no espírito de ajuda, compreensão, misericórdia e GRAÇA com as suas dificuldades eles certamente compreenderiam de forma mais adequada o que São Paulo ensina sobre o jugo desigual em todos os aspectos da narração bíblica. (Aguarde a continuação) - Voxdesertum


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

JUGO DESIGUAL



JUGO DESIGUAL



Primeira Parte

Robson Silva



“Não se prenda a um jugo desigual com os incrédulos, pois que sociedade tem a justiça com a injustiça, e que comunhão tem a luz com as trevas?” (2ªCoríntios 6:14)



O que é Jugo?



Esta palavra advem de um conceito prático usado normalmente por agricultores desde antes mesmo dos tempos de Jesus, seus discípulos e seus demais seguidores.


Todos os animais de serviço eram sujeitos ao jugo, ou seja, à submissão de um instrumento que levava este nome que é sinônimo de canga, algo que se coloca sobre o pescoço.

O profeta Jeremias foi instruído por Deus a colocar um jugo sobre os ombros, para fazer Israel compreender que deveria aceitar o propósito do jugo do cativeiro Babilônico.



Qual era o principal objetivo de tal instrumento?



Mater os animais atrelados de forma a realizarem juntos (unidos) o trabalho para o qual eram designados, logo, o foco aqui é Comunhão.


Conhecendo um pouco das similaridades de conduta dos animais os guias destes tentavam ajustar pares ou trios que melhor se adaptassem na realização do trabalho.

As palavras sujeição e domínio neste contexto têm seu lugar acertado, pois uma vez que ajustados sob o jugo os animais realmente cumpriam unidos seu serviço com ótimos resultados.

Esporadicamente os guias tinham que usar de algum instrumento de disciplina quando os animais necessitavam de algum ajuste entre si sob o jugo. [um pequeno ferrolho] não com o intuito de machucar o animal, mas para acalmá-los.



Pois bem...



Assim como outros grandes mensageiros da palavra de Deus o Apóstolo São Paulo ao escrever aos cristãos da Igreja de Corinto tomou emprestada a metáfora do jugo para ensinar uma lição específica e de grande valia também para todos nós.


Estar sob jugo no contexto dos seres humanos é estar primeiramente sob o domínio moral e espiritual dos dez princípios de amor que Deus deu à humanidade como proteção e cuidado para todos, mediante o poder da graça de Cristo ministrada pelo Espírito Santo.



São Paulo não estava fazendo nada mais que tomando emprestada a cultura antiga já usada pelos patriarcas e profetas para ilustrar uma verdade e um conceito claro já existente em todo percurso das Santas Escrituras no intuito de salvaguardar a paz, a harmonia e a Comunhão na família de Deus agora também no novo testamento.



Quando lançamos os olhos sobre o capítulo 6 verso 6 da primeira carta aos Coríntios, geralmente somos tentados a exarar uma avaliação precipitada e superficial de forma pejorativa sobre a conduta dos que estão incluídos no texto. (Continua na próxima semana). De: voxdesertum.blogspot.com