quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

BOAS FESTAS!

O Espírito do Natal


Conquanto consideremos nossa fragilidade de conduta diante da complexa sociedade humana da qual sou parte creio que uma reflexão sobre o natal, no contexto pós-moderno, faz-se necessária, para que se valorize mais o Deus da criação e da redenção, ao invés de o deus da ciência e do ceticismo. E também para que compreendamos, de forma mais clara e positiva, nossos próprios valores, nossa origem, nossos motivos para existir, nossos limites, e, por fim, nosso destino.

A cada ano temos o privilégio de um pause na jornada, para reunir famílias, amigos e tantos quantos, de alguma forma, fazem parte de nosso relacionamento.

Que maravilha, a oportunidade de relacionar e selecionar pessoas importantes e de confiança com as quais podemos nos abrir, compreender e nos fazer compreendidos!

Não obstante a tamanho privilégio, a correria em busca do sustento e de outras prioridades muitas vezes nos tem tornado frios, calculistas, egocêntricos, a ponto de só procurar os outros quando queremos auferir algo de nosso puro interesse; isto, naturalmente, descarta uma relação desinteressada mais profunda e significativa.

Natal! Tempo de encantos e desencantos, de encontros e desencontros!

Enquanto uns festejam outros choram a falta da presença de alguém; enquanto uns cantam o milagre da graça divina manifestada na encarnação do Deus vivo na pessoa de Cristo, outros louvam a ciência, o ceticismo e o consumo.

Afinal, o que deve significar o natal para mim?

A tradição estabeleceu-o como tempo de festas com muitas comidas finas, bebidas, chocolates, roupas novas e tantas outras curtições. Até aí, tudo bem! Afinal, é tempo de alegria e de festa!

Evite-se porém, o exagero. Exemplo: muitos, após as festividades, chegam a perder a vida no trânsito por não estarem em condições adequadas de assumir a direção de um veículo. Infelizmente, no meio da madrugada, a festa acaba em tragédia, com muita dor, pranto e luto.

Inegavelmente, o consumismo egoísta é praticamente o grande vilão da maioria das histórias tristes nesta época, quando tudo poderia ser motivo da grande alegria de podermos simplesmente dizer uns aos outros: “Boas Festas!”
  
É tempo de graça infinita a todos os que ainda não compreenderam a necessidade de fazer do natal o significado da ajuda aos necessitados, a partir da família que é o foco mais próximo. Isto nos tornará testemunhas vivas do real sentido da comemoração natalina.

Quero terminar minha reflexão desejando o melhor para todos neste especial tempo de festas; que seja um tempo de reconciliação e perdão àqueles que necessitem perdoar e ser perdoados.

Estou cônscio de meu papel e missão no mundo diversificado em que vivemos
Ao mesmo tempo estou tranquilo e agradecido a Deus por ter tido o privilégio, desde cedo e por quase meio século, de ajudar e participar  com  minha mãe da estruturação de nosso lar sem a presença de um pai, mesmo em conflito com minhas limitações, até poder estar em condições de formar o que hoje é a família Robin, Alaíde, Amanda, e agora receber Wanderson Oliveira da Silva como parte da expansão do elo que sustentará minha posteridade até que Jesus volte nas nuvens do céu, quando, então ocorrerá, sim, o resgate final de Seus remidos. Louvado seja o Seu nome!

Boas Festas e um 2013 pleno da graça de Deus!

Robin & Família - S Paulo 25.12.2012  voxdesertum.blogspot.com

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

DIA DE FINADOS, OU DOS MORTOS


DIA DE FINADOS, OU DOS MORTOS

Este dia nunca ocorreu nos planos originais de Deus, O Criador.
Nossos primeiros pais se encantaram com a possibilidade de conhecer o mal, e encontraram exatamente, isto é, na medida certa as conseqüências de desconfiarem de Deus, sendo a principal a MORTE.

Tinham como garantia, sob a condição de obediência a IMORTALIDADE, mas acreditaram que poderiam ser imortais na desobediência, e por isto foram afastados da árvore da vida, para que por amor e misericórdia de Deus não fossem portadores da natureza IMORTAL no pecado.
Nossos primeiros pais, ao invés de ganharem a evolução de conhecimento proposta por Satanás em seu portador mediúnico (a serpente) começaram a involução, ou regressão.

Não foi fácil para Eles o conhecer a morte a partir da necessidade da morte do primeiro cordeiro. Foi-lhes difícil ver a primeira folha e a primeira flor murchar, cair e secar.
Estes, no entanto, foram os primeiros efeitos causados pela morte.

A sentença de morte à total natureza humana foi revelada certamente com profunda tristeza pelo Criador, mas a morte não seria eterna para aqueles que aceitassem sacrificar o cordeiro sob a confissão dos pecados, até que O CORDEIRO DE DEUS cumprisse a promessa com Seu sacrifício na cruz.

Adão e esposa tiveram que sorver o amargo gosto do primeiro homicídio na família humana, mas mesmo a Caim estava disponível a graça da RESSURREIÇÃO caso confessasse em contrição e arrependimento seu hediondo crime.

A noite está alta, e a experiência com a morte nunca se tornou comum no planeta, pois Deus inseriu no homem a semente da eternidade.

Desde o inicio do Velho Testamento vemos os relatos da vida humana terminar com a expressão “e morreu”, ou suas variáveis “descansou”, dormiu etc...etc..., mas ninguém acostuma com este episódio pois, pecado gera morte e ponto final.

Mas já pensou se fôssemos por natureza imortais e portadores de uma doença como câncer e outras sem que isto tivesse um fim? Que Deus seria este que a Bíblia chama de “AMOR” diante de um fato deste? Esta e muitas outras indagações sobre a natureza amorosa e justa de Deus estariam em choque com a realidade de Seu caráter santo, justo e bom.

Infelizmente, o paganismo do Éden entrou em cena e invadiu a terra até chegar ao cristianismo oriundo de natureza mística e supersticiosa, que passou seu legado à maioria dos reformistas, que inseriram em sua teologia o conceito de imortalidade na natureza humana. A cultura grega se encarregou de agregar valores a esta falácia, e hoje vemos mais centros espiritualistas no mundo do que qualquer coisa substancialmente cristã neste aspecto.
As lindas filosofias em torno da imortalidade pregada pela serpente no Éden apenas mudam de formato para se ajustar a qualquer gosto, mas o princípio mórbido segundo a Palavra de Deus é o mesmo, “o engano”.
Ninguém necessita continuar enganado, porque Cristo RESSUSCITOU dos mortos e garantiu com este milagre vida RESSURREIÇÃO a todos os que NELE descansaram e descansam a cada dia indo PARA OS TÚMULOS (não para o Céu, ou para o Inferno antes do juízo, pois até mesmo os salvos passam pelo crivo (o julgamento começa pela casa de Deus). (1ª Ped 4:17)

Naturalmente, já que a tradição estabeleceu no calendário um dia também para a reverência à memória dos nossos entes queridos que descansaram é natural também que confiemos ainda mais na RESSURREIÇÃO, pois esta é nosso único consolo e conforto.

Com exceção dos que a Bíblia registra que subiram para o céu, nenhum morto já compareceu diante de Deus, ou do Diabo, pois será na Segunda Gloriosa Volta de Jesus que os mortos NELE RESSUSCITARÃO IMORTALIZADOS pela Sua glória, e recolhidos pelos anjos encontrar-se-ão com ELE nos ares (1ª Tess 4:13 a 18 e 1ª Cor 15:51 a 54 trazem claramente este conforto). Imortalidade e incorruptibilidade serão o prêmio dos RESSUSCITADOS no dia do Senhor. Estes não sofrerão o dano da segunda morte.

A RESSURREIÇÃO é maior tesouro do verdadeiro cristianismo, por quê?  Porque O TÚMULO DE JESUS ESTÁ VAZIO, e por isto o nosso também ficará vazio no dia do Senhor.

Sobre segunda RESSURREIÇÃO é assunto para mais além quando a natureza do pecado e suas consequencias desaparecerão do universo.

Que Deus nos abençoe e continue confortando os que carregam as chagas e as feridas causadas pelas perdas.

Robson Silva – 02/11/2012 – Voxdesertum. 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O Culto Paralelo de Mitras




O Culto Paralelo de Mitras

José Carlos Ramos, D.Min

Engenheiro Coelho, SP, junho de 2012

“Por que o cristianismo de hoje difere, em crença e prática, do cristianismo do 1º século?”, alguns indagam surpresos quando começam a tomar conhecimento dos claros ensinos da Bíblia.
A história responde! Tão logo a era apostólica chegou ao fim, desvios de verdades originais do cristianismo começaram a ocorrer, incluindo mudanças quanto ao dia e à forma do culto cristão. Com o imperador Constantino (4º século), o primeiro dia da semana oficializou-se para santificação e culto em lugar do sétimo, para o quê em muito contribuiu a adoração do sol, originada dos persas, que adoravam Mitras, a maior representação ou manifestação do astro-rei.
Na Avesta, a coleção de escritos sagrados da mais conhecida filosofia religiosa da Pérsia, o zoroastrismo, Mitras é um deus guerreiro, aliado poderoso da suprema divindade, Ahura Mazda, em seu eterno combate contra as forças das trevas; este mito era parte do dualismo persa envolvendo dois princípios antagônicos: o bem e o mal. Algum paralelo com o que a Bíblia informa sobre o grande conflito não é mera coincidência.

Expansão do Culto

O desaparecimento do império persa não significou o fim do mitraísmo. Muito ao contrário, as conquistas gregas, e em seguida as romanas, propiciaram uma expansão do culto tonando-o universal. Por exemplo, nos Vedas, os escritos sagrados do hinduísmo (a religião da maioria na Índia), Mitras aparece como a luz celeste. É que antes da era cristã, as milícias romanas difundiram o mitraísmo até o extremo oriente; e já na era cristã, levaram-no até os extremos do Ocidente conhecido. Assim, o culto a Mitras, suposto deus da luz e da verdade, acabou difundido em todo o império.
No 2º século, muitos da elite romana, que incluía a classe culta e os que reuniam o poder, aderiram à adoração de Mitras, indicando que o mitraísmo logo se tornaria o culto oficial do império. De fato, isso aconteceu no 3º século, sob Aureliano (270-275); o deus-sol agora se tornara supremo como Sol Dominus Imperii Romani (Sol, o Senhor do Império Romano).
Diversos imperadores foram ardorosos mitraístas, entre eles Heliogábulo (218-222), nome adotado por Varius Avito Bassiano em homenagem ao deus-sol, de quem se tornou grão-sacerdote hereditário e em cuja homenagem ergueu em Roma dois templos (em grego, hélio significa sol, e gábulo seria a forma helenizada do siríaco gabal, montanha). Constantino, no 4º século, emitiu a primeira lei dominical por influência do mitraísmo. Ela abria com as seguintes palavras: “Que todos os juízes, e todos os habitantes da cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do sol.”
Tudo isso, naturalmente, contribuiu para que certas práticas do culto a Mitras, incluindo o dia consagrado à sua adoração e serviço, o primeiro da semana, fossem incorporadas pela cristandade no culto a Cristo. Aliás, incontinente, a igreja na época sancionou o decreto dominical de Constantino promulgado em 321.

Paralelos

Certamente os paralelos entre o mitraísmo e o cristianismo favoreceram tal incorporação. Segundo a lenda, Mitras nasceu numa gruta e teve alguns pastores como os primeiros a adorá-lo; devido ao lugar do seu nascimento, o culto a ele era realizado em grutas quase sempre construídas, que recebiam o nome de mitraemos. No interior da gruta havia uma pedra que servia de altar, e no teto uma fresta posicionada de tal maneira que ao meio-dia o raio do sol penetrava atingindo o altar. Neste momento se prestava o culto a Mitras. Também Cristo, ao nascer, teve a visita de pastores que, se não O adoraram, glorificaram e louvaram a Deus pelo que ocorrera (Lc 2:20).
Como servidor eleito por Ahura Mazda, Mitras, em sua passagem pela terra, operou muitos e poderosos milagres, culminando o seu ministério em favor dos homens com o sacrifício de um touro sagrado, cujo sangue fertilizou a Terra. O mesmo pode ser dito de Cristo, com a exceção de ter sido eleito pelo Deus verdadeiro, e ter oferecido o sacrifício de Si mesmo. Ainda segundo a lenda, Mitras finalmente ascendeu ao Céu, onde mora com os imortais, e está sempre abençoando os que o invocam; uma réplica da ascensão de Cristo e do fato de interceder no Céu por Seus seguidores.
Há outros paralelos. Para se tornar um adepto do mitraísmo, o candidato se submetia a um rito batismal, o que também é requerido no cristianismo. O batismo mitraico, porém, era feito com aspersão, em todo o corpo do candidato, de sangue de touro, o animal de cuja espécie um havia sido sacrificado, segundo a lenda, por Mitras no fim de seu ministério. O batismo cristão, claro, é por imersão na água; mas não seria derivada daí a prática do batismo por aspersão?
Em seguida vinha a cerimônia da comunhão no mitraísmo: o adepto comia pão e bebia água, ou vinho, como forma de participação na própria divindade. Aplicavam-lhe, então, mel na palma da mão e na língua. Finalmente era-lhe requerido que orasse a Mitras e o invocasse com o oferecimento de um sacrifício. Também no cristianismo ocorre o serviço periódico da comunhão, quando pão e vinho são servidos, através dos quais se comemora o sacrifício de Jesus e se intensifica a união com Ele. A invocação do nome de Cristo também é referida na Bíblia (At 22:16; Rm 10:13; 1Co 1:2; 2Tm 2:22).
Os mitraístas criam no paraíso e no inferno, para onde, após a morte, iam bons e maus respectivamente. Para eles, esta vida era um preparo para a vida eterna, que seria de felicidade ou de dor. Claro que está envolvida aqui a crença na imortalidade da alma e concepções decorrentes.
O tema do galardão para bons e da punição para maus é bíblico, mas a ideia de que são conferidos logo após a morte é deturpação pagã que o cristianismo popular herdou do mitraísmo; segundo este, entre o paraíso e o inferno, havia uma espécie de purgatório, conhecido como a morada dos pesos iguais, destinada às almas que haviam praticado igual quantidade de boas e más obras. De onde teria vindo para o cristianismo popular crendice semelhante?
Agora vejam: era também crido que no último dia os mortos sairiam dos túmulos com o chamado de Mitras, que conduziria os praticantes do bem ao céu de luz e glória, e enviaria os praticantes do mal a um lugar de trevas e sofrimento. Uma crença praticamente idêntica ao fato de que Jesus, em Sua segunda vinda e no fim do milênio, chamará os que estão mortos para adentrarem a glória ou para enfrentarem “trevas... choro e ranger de dentes” (Mt 22:13).
De quebra, afirmava-se que Mitras nascera em 25 de dezembro, mais ou menos na época do solstício de inverno no hemisfério norte, a partir do qual os dias vão se tornando cada vez mais longos, isto é, o sol vai aumentando o seu domínio. Igualmente a cristandade comemora o nascimento do Salvador nessa data. Os Evangelhos, todavia, guardam total silêncio quanto ao dia do Seu nascimento, havendo, inclusive, evidência que não poderia ter sido em dezembro.

Autoria dos Paralelos e das Falsidades

É fácil se surpreender com os paralelos entre o mitraísmo e o cristianismo. “Quanta coincidência!”, alguém exclamaria. Mas seriam apenas coincidências? Não o creio.
O inimigo é o mestre da contrafação. É especialista não só na arte de imitar a verdade, mas também de entremeá-la com falsidades. Observe-se que os paralelos, que refletem fatos do evangelho, acham-se mesclados com falsidades simuladas e bem elaboradas. Os paralelos contribuíram para a infiltração do engano na dogmática cristã. O inimigo sabe que muito mais fácil e eficiente que fomentar a aceitação de uma mentira total, é dosá-la com poucas (ou até muitas) verdades, e então oferecê-la como prato apetitoso, avidamente aceito; e assim, a mentira ganha terreno, sendo engenhosamente promovida.
Outra coisa que ele se esmera em fazer é camuflar o engano, revestindo-o com uma aparência de verdade. O Apocalipse revela esse fato objetivamente. Tão grande é seu empenho, que ele tenta imitar os próprios atos de Deus e suas verdades, o que, é claro, implica sua grande ambição original que ainda perdura: ser como Ele. Os paralelos alistados nesse livro são uma contundente denúncia do estratagema satânico. Como os seres de um grupo se opõem aos seres do outro grupo, classifico esses paralelos de antitéticos. O empenho satânico deve ser considerado tão somente uma contrafação infame. A seguir, doze paralelos:

(01) Deus Se revela em forma triúna: Pai,
        Filho e Espírito Santo
O inimigo se revela em forma triúna: dragão,
        besta e falso profeta (2ª besta)
(02) O Filho é o Cristo
A besta é o anticristo
(03) Unidade entre o Pai e o Filho: o
        segundo é a imagem do primeiro
Unidade entre o dragão e a besta: esta é a imagem do dragão
(04) O Filho recebe trono e autoridade do Pai
A besta recebe trono e autoridade do dragão
(05) Espírito Santo glorifica e exalta o Filho
O falso profeta glorifica e exalta a besta
(06) Jesus, o Filho, é morto
A besta recebe uma ferida de morte

Nota: o mesmo termo grego, esphagménon, “havendo sido morto”, é empregado em
relação a Cristo em Apoc 5:6 e 13:8, e em relação à besta em 13:3

(07) Jesus foi morto e ressuscitou
A besta foi ferida e será curada
(08) Jesus na posse de maior poder depois de
        ressuscitado
A besta ostentará maior poder depois que a
        ferida mortal for curada
(09) Antes de ser morto Jesus exerceu maior ação num determinado lugar da Terra, a Palestina
Antes de ser ferida de morte, a besta exerceu
        mais o seu poder numa determinada
        região da Terra, a Europa ocidental
(10) Depois da ressurreição, o senhorio de Jesus se estendeu, por obra e graça do Espírito Santo, por toda a Terra
Depois da cura de ferida mortal, a supremacia
        da besta se estenderá, pela atuação do
        falso profeta, por toda a Terra
(11) Uma mulher pura está relacionada com Jesus
Uma mulher imunda está relacionada com a
        besta
(12) Selo de Deus contendo Seu nome
Marca da besta contendo seu nome

Bem, o inimigo foi astuto e suficientemente hábil para criar o mitraísmo e universalizá-lo mais ou menos ao mesmo tempo em que a genuína história e os ensinamentos de Jesus foram levados ao mundo através da pregação do evangelho. E o que é o mitraísmo senão um arremedo grotesco daquela maravilhosa Vida e ensinamentos? E o pior, o inimigo fez com que este arremedo, em vários aspectos, tomasse finalmente o lugar da verdadeira Vida que foi vivida e sacrificada pelos pecadores, bem como o lugar dos ensinos dela advindos. E o arremedo permaneceu.

Conclusão: A Restauração Prevista

Dou graças a Deus porque em cada época Ele teve Suas fiéis testemunhas. A profecia, porém, previu que, nos últimos dias, seriam vindicadas as verdades jogadas por terra pela estratégia satânica unida à insensatez humana (Dn 8:10-14). Com efeito, Jesus só voltará quando todas as coisas que a apostasia colocou a perder forem restauradas (ver At 3:21).
Esta restauração está hoje em andamento, conforme o remanescente cumpre sua missão no mundo. Desta restauração nos fala Dn 8:14 e particularmente Ap 14:6-12. Aqui, o vidente de Patmos vê o povo de Deus proclamando a tríplice mensagem angélica e guardando os Seus mandamentos, isto é, a Igreja novamente sustentando as verdades divinas, como foi feito no 1º século. Que restauração prodigiosa e que sublime privilégio o nosso!
Tão logo ela alcance todos os rincões do mundo e cada pessoa defina sua posição quanto ao que a Bíblia diz, Jesus voltará para conduzir “a nação justa que observa a verdade” (Is 26:2, Almeida Revista e Corrigida) ― os Seus seguidores, ao lar que lhes “está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25:34).
Estamos orando para que a obra de Deus, a cada dia, avance com poder? E, considerando que o fim se aproxima, estamos nos preparando para a crise que se abaterá em breve sobre o mundo?
Que naquele glorioso dia nada seja encontrado em nós que reflita o culto paralelo de Mitras; tão somente o apego irrestrito às verdades que Deus graciosamente revelou. 

Aqui eu quero com esta publicação prestar um tributo de amizade sincera ao meu amigo particular Pr Dr José Carlos Ramos - Voxdesertum 12/10/2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

DIA DA ÁRVORE


O DIA DA ÁRVORE

Em meio a tantas comemorações para cada dia do ano, hoje chegamos ao dia da árvore.

O que significa este dia para você e eu?
Para que, e para quem foram criadas as árvores?
Por ventura somente para embelezar a terra?

Em meio aos mais diversificados gostos e os propósitos de cada ser ou grupos, certamente há os que não gostam de árvores e...são tantos espalhados pelo mundo...

Basta-nos contemplar a superfície da terra ao nosso redor, para que constatemos o desgosto pelas árvores.
O povo “desenvolvido” ama o asfalto e o concreto de cimento e ferro, obras de arte do homem em involução.

O descaso pelas árvores começa exatamente no princípio da criação, quando nossos primeiros pais, ao tentarem ser iguais a Deus lançaram a primeira indiferença para com as árvores ainda que sem a mínima intenção e avaliação dos resultados.
Eles, indubitavelmente puderam e tiveram o privilégio de conhecer as árvores em todo seu esplendor, quando nenhuma folha e flor sequer amarelavam, murchavam, morriam e caiam aos pés das árvores, porque ainda não havia morte.

Que maravilha poder perceber quase que o pulsar da vida numa folha verde, que por si só representava a magnitude da obra criada pelo doador da vida “O Próprio Deus”!

Que maravilha participar da primeira reunião com O Criador e receber tamanha obra para administrar!

Mas quanto tempo durou a beleza da árvore a princípio imortal?

Haverá com certeza um momento especial em que nós vamos saber quanto tempo durou a terra sem a marca da doença, da dor, do sofrimento e da morte.

Com a queda de nossos primeiros pais todo o planeta caiu junto, e entrou em degradação.

Podemos ver isto sob a pena do inspirado escritor Paulo de Tarso aos romanos.
A degeneração, no entanto, não foi de uma só vez. Deus estabeleceu na ordem dos acontecimentos, para que os resultados da queda se processassem de forma gradativa e constante, para que o homem bem como os seres que não caíram pudessem avaliar a quão terrível natureza daquilo que as sagradas escrituras denominam pecado. Era necessário que assim fosse, para que amadurecesse a batalha entre o bem e o mal, para que o criador pudesse ser compreendido por toda inteligência existente em Seu amor e justiça.

O tempo passou e hoje podemos diferenciar entre o poder criador e mantenedor e o poder destruidor encarnado na natureza humana.
Por mais que a nossa natureza corrompida impulsione a destruição, no caso das árvores, o mantenedor ainda deixa diante de nós os traços pálidos daquilo que um dia fora magnífico em seu verdadeiro esplendor.

Ainda podemos com todo cuidado contemplar espécies lindas a enfeitar a natureza agora obscurecida pela nuvem de fumaça destruidora do painel original.

Por mais que sejam reais os esforços para a restauração daquilo que o criador em Sua sabedoria estabeleceu, jamais o homem orgulhoso, corrupto, interesseiro e cobiçoso poderá produzir os efeitos necessários ao embelezamento do primeiro Éden.
Não é apenas uma questão de querer ou não.

Como nós mesmos, em constante e crescente nível de degradação poderemos restabelecer aquilo que a nossa própria natureza destruiu?

As reuniões dos chamados “Grandes da Terra” jamais conseguirão prevalecer para o bem estar do planeta, posto que não conseguem extinguir de si mesmos a semente que alimenta a grande árvore do egoísmo e da usura.

As árvores pedem licença, para ocuparem o pequeno espaço que a cada dia nós as roubamos!

As árvores gostariam de continuar existindo, para que em suas frondosas copas os pássaros pudessem cantar e saltitar livres e felizes!

As árvores choram ao serem tombadas maliciosamente pelos grandes grupos econômicos, que invadem as matas, para no lugar delas ampliarem as suas fontes de lucros trazendo a ilusão ao povo que cegamente acredita na filosofia do desenvolvimento “sustentável”.

Não trato aqui de uma política partidária contra o desenvolvimento, de forma alguma, mas de conscientização ecológica real; de abrir mão do egoísmo para uma vida melhor e saudável. 

Hoje é dia da árvore!

Você deseja chuvas regulares? Preserve as florestas! 
Você deseja serenidade e calmaria durante os momentos de chuvas? Plante árvores, para que os ventos não tragam destruição.
Você valoriza uma árvore? Diga não aos ambiciosos e egoístas!
Você deseja oxigênio limpo? Não assine projeto algum que venha a destituir das cercanias de sua habitação o livre crescimento das árvores, onde você irá ver e ouvir o canto de alegria dos pássaros todas as tardes e manhãs.

Obrigado Deus! Por ainda manter sob o controle o mínimo do verde que Suas criaturas ainda necessitam para continuarem com vida.

Voxdesertum 21 de Setembro de 2012.

    
   

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

EIS OS DOUTORES DO TEMPO DO FIM!



CUIDADO COM O ENGANO!

...Ninguém, de modo algum, vos engane... 2ª Tessalonicenses 2 verso 3.a

Tenho plena e absoluta convicção que a exuberante admoestação acima está intimamente contextualizada ao nosso preparo para o encontro com o Salvador e Senhor Jesus por ocasião de Sua gloriosa segunda vinda, quando Ele virá para buscar os Seus escolhidos; estes, que motivados pelo chamado do Espírito Santo (Isaías 30:21), responderam positivamente dizendo um “sincero sim” a esta oferta de AMOR.

Desde o sermão profético proferido por Jesus, o Espírito Santo, em Seu soberano ministério tem a cada dia feito com que procuremos compreender os sinais bem como as demais alterações de ordem geral ocorridas, e que patentemente ainda estão em curso diante de nós.

Paralelamente à admoestação de 2ª Tess 2, o mesmo apóstolo Paulo reitera com mais largueza de detalhes na descrição encontrada em sua  2ª carta a  Timóteo capítulo 3 versos 1 a 5, a real condição da Terra e de seus habitantes no tempo do fim, ao qual particularmente e sem receio chamo de “fim do tempo do fim”.

Afinal, por que uma admoestação aparentemente tão severa? Confira a motivação primordial de Deus em Ezequiel 18:32; e sua referência contextual em 2ª Pedro 3 verso 9.

Amigos!

Na verdade estou postando esta mensagem aqui hoje não só como um sinal de alerta, mas como um protesto sincero contra a atitude de muitos professores formadores de profissionais do Ensino Religioso para Escolas; formadores que alegam ser mestres e doutores em Ciência da Religião para a formação de docentes nesta área.

Compreendo a questão da formação de docentes, e isso para qualquer área, como um aperfeiçoamento exclusivamente profissionalizante, não doutrinário; evitando-se assim, que os professores formadores não sejam levados a induzir seus alunos a absorver meramente seus conceitos pessoais de fé ou dogmas, o que certamente provoca desrespeito à íntima e inviolável liberdade de escolha pessoal dos envolvidos.

Muitos destes professores aos quais me refiro, apresentam um contraste extremo com a atitude de Jesus no que tange à maneira e aos métodos didáticos de Seus ensinos.

Jesus ensinou com profunda sabedoria e humildade, inclusive diante de seus maiores e mais obstinados oponentes.
É absolutamente incomparável Sua simplicidade e cortesia ao tornar o difícil fácil para o nível de qualquer mente, inclusive das crianças, até principalmente dos “doutores e mestres” da Religião de Seu tempo.

No entanto, enquanto os “doutores e mestres” do tempo de Jesus se alinham em “orgulho e arrogância” (em gênero, número e grau) com os muitos despreparados “doutores e mestres” da teologia popular e secularizada de hoje, Ele, [Jesus] esbanjava SABEDORIA, HUMILDADE, CORTESIA, CONHECIMENTO, AMOR E GRAÇA para com Seu público aprendiz, alvo de Sua assombrosa misericórdia no contexto do plano da redenção. E olha que Ele foi e continua a ser o Mestre dos mestres!!!

Enquanto Jesus ao ensinar o povo se reportava aos escritos dos Profetas, dos Salmos e de outras referências do Antigo Testamento, ratificando assim a veracidade da inspiração e validade de tais referências, muitos ineptos professores (“mestres e doutores” em Bíblia como arrogam ser), abrem a boca em alto e bom som, em uma sala de aula cheia de sedentos e ávidos aprendizes, alegando que o Antigo Testamento já era. Que é coisa da “velha dispensação” e pior, que Jesus veio e aboliu esta parte das Sagradas Escrituras; ou seja, a Lei e a Palavra dos Profetas.


Será isto verdade de fato?”, contestou uma preciosa alma presente na sala de aula.
O “pseudo Dr.” respondeu  seca e sarcasticamente:
Fique quieta menina! Você precisa chegar ao meu nível de conhecimento, para poder arrazoar comigo.

Esqueceu-se este insensato e equivocado “Doutor”, no entanto, que Jesus preferia revelar a VERDADE aos mais simples de coração, ao tempo em que condenou os “pseudos mestres” e “pseudos doutores” de Seus dias pela arrogância com a qual se conduziam.

Quero com todo respeito citar apenas uma referência de Isaías, não obstante sabendo, que por ela estar no Antigo Testamento possa nada valer como ensino, ou lembrete, ao soberbo conhecimento de tais “mestres e doutores”.

Esta magnífica passagem é de certa forma uma afronta carinhosa, mas desafiadora, ao colegiado dos formadores de hoje; ela se refere à liberdade clara de pensamento e ao direito que cada pecador, por mais débil que seja tem de arguir ao próprio Deus esperando por Sua soberana e sábia resposta.

Nada mais comovente, em Isaías 1:18, o carinhoso e envolvente chamado de Deus a pecadores caídos como nós, para conversarmos e “arrazoarmos” com Ele.

Que Deus maravilhoso! Que Deus espaçoso! Que Deus amoroso! Que Deus compassivo! Que Deus condescendente! E por fim, que Deus assombrosamente gracioso!

Você, professor atual, é capaz de mensurar este AMOR e suportar o peso desta assombrosa graça? 

Ahhhh!
Se o fosse, não seria tão arrogante.
Não humilharia os alunos sob quaisquer pretextos desta mofada “sabedoria terrena”, que ao mais longe que pode chegar é na tumba fria do esquecimento em um cemitério qualquer, ou se preferir antecipadamente, a um “caloroso” forno de um crematório.

Srs. “mestres e doutores”!

Vocês sabem por que Deus faz isto da maneira descrita no verso acima?
Por que Ele usa esta didática desde Adão (Gênesis 3:9) até agora?

É porque Ele nada tem temer e nada tem a perder. Ele não tem diploma, certificado, títulos de “Mestre ou Doutor”, para serem destruídos pelo fogo vindouro.
Ele não tem medo que descubram a vulnerabilidade de Seus diplomas, pois Ele não os tem; porque Ele é perfeito em seus caminhos, e justo em Suas veredas.
Ele sabe lidar perfeitamente com o TITULO do qual é portador por Sua magnífica excelência: “O DEUS INFALÍVEL”.

Infelizmente, a arrogância é, ainda hoje, a plena emancipação da síndrome do desejo de ser o maior, de ser igual a Deus, em aquiescência reiterada à oferta de Satanás a Eva em Gênesis 3:5.

Infelizmente muitos dos atuais “Mestres e Doutores” levam sua arrogância ainda mais além.
Ao serem arrazoados, chegam até a procurar intimidar os alunos oponentes com supostas expressões, no caso, “gregas”, (não falo do “hebraico e aramaico” porque fazem parte da “outra dispensação” a qual dizem eles ter sido abolida!) com exímios e floreados argumentos, no intuito de inibir e amofinar todo e qualquer direito da livre investigação, ou contra argumentação que a eles possa ser feita. Vocês nada sabem de grego! Então, que se calem!Fiquem quietos! Aqui o Dr sou eu.

Que arautos da “verdade” Jesus está permitindo nas salas de aulas de nossos dias! Podem estes, se assim o desejam usar uma tradução tendenciosa, posto concluírem que ninguém nada sabe do original.
Com esta chance podem sem escrúpulo algum misturar a “VERDADE” com o erro sem que ninguém o perceba.

Alunos!

Pergunto-lhes (já que perguntar aos hodiernos professores “Mestres e Doutores” seria uma perda de tempo, e me exporia ao desgaste desnecessário de malhar em ferro frio):

Sabem vocês quantas referências claras do Antigo Testamento estão registradas no Novo Testamento?

Por que teriam sido transferidas do Antigo para o Novo, se elas, segundo os modernistas, já não valem mais nada?

Sabem vocês que o mais lindo das Sagradas Escrituras é a perfeita harmonia entre o Antigo e o Novo Testamento em todos os seus intrínsecos detalhes?

A mesma “VERDADE PREFIGURADA” no Antigo é a “VERDADE REVELADA” no Novo, na pessoa maravilhosa de nosso Senhor e Salvador Jesus.

Este em nada mudou os escritos do Antigo Testamento. Ele, com autoridade celestial, “RATIFICOU” naquela Cruz tudo o que sobre Ele mesmo ensinou aos seres celestiais, e aos terrestres, de Adão até nossos dias.

O absoluto e Perfeito Plano da Redenção, que era tipicamente ritualístico nadando em um mar de sangue provindo dos animais sacrificados, foi ratificado e cumprido com o sangue do Salvador; notem que eu disse ratificado e não retificado.

Portanto, quem quer que minimize um “jota ou til” do Antigo Testamento, no intuito de maximizar o Novo, ou, então, retirar, ou acrescentar algo dele, será réu do juízo do Senhor.

Alunos!

O apóstolo Paulo aconselha-nos a buscar, com oração sincera e contrita, a SABEDORIA da PALAVRA de DEUS, e colocar em cheque os “Mestres e Doutores” da Religião dos nossos dias, fazendo a comparação entre a “sabedoria” dos homens e a SABEDORIA DE DEUS.

Basta-nos estudar 1ª Coríntios 2:6 a 16, para sabermos colocar no devido lugar a “pseudo sabedoria humana”.


Está escrito: “Porque a “sabedoria humana” é loucura para Deus, pois, Ele [DEUS] apanha os “sábios” na sua própria astúcia, e os pensamentos dos sábios são pensamentos vãos (1ª Coríntios 3:19 e 20).


Parte Final:


Estudemos nós mesmos com profundidade a Bíblia sob a luz do Espírito Santo, e sempre que possível fujamos dos conceitos frágeis destes “Mestres e Doutores” que usam as Escrituras só para o que lhes apraz, enganando-se e enganando a outros de boa fé.


Sejamos bereanos conforme está escrito em Atos 17:11, e olhem que quem está nesta referência, sob o crivo da investigação, é o grande apóstolo Paulo!  Estudem a humildade dele em Romanos 7, e em Gálatas 2:20.


Não esqueçam que o ministério da iniqüidade (ou da rebelião) opera, com grande eficácia e astúcia, por meio do braço humano, como agente do inimigo na Terra.


Creiam nas Escrituras Sagradas completas, o Antigo e Novo Testamento, “as duas testemunhas” que a cada momento são atualizadas pelo “CLICK” do Espírito Santo, para nosso ensino, advertência, segurança, deleite, salvação e santificação.


Com apenas um “CLICK” de DEUS, toda a Bíblia é atualizada a cada momento em que qualquer um de nós a abre para buscar e ouvir, com sinceridade e reverência, a Sua palavra.


Este tempo do computador de Deus é muitíssimo menor do que o podemos fazer em um computador de última geração desta Terra.


Face às minhas colocações aqui, insto a orarmos para que Deus ilumine a todos os professores; para que ministrem suas atividades de formação religiosa e demais matérias, de forma honesta e íntegra para com Deus, para com os alunos e para consigo mesmos.

Para que sigam o MODELO do maior Mestre que já passou por este mundo, “JESUS”. Amém.
Voxdesertum – Agosto de 2012.

domingo, 17 de junho de 2012

A TEORIA DO OITAVO DIA


 O Oitavo Dia”...

O que é isto?

 De onde vem?

A teoria é procedente?

A tese é consistente?

O que as Sagradas Escrituras declaram sobre este assunto?

Sou cristão pela graça de Deus, (respondi assim desde criança no catecismo) e não estou aqui para defender nenhuma tese a favor ou contra qualquer denominação religiosa. Declaro com toda sinceridade, que tenho o maior respeito e admiração pelos irmãos católicos fiéis espalhados por todos os rincões deste nosso vasto Brasil, e pelos irmãos evangélicos pertencentes às diferentes agremiações religiosas.

Sou um investigador das Escrituras Sagradas desde os idos de 1969, e, sobre o tema em pauta, me reservo a crer, e respeitar com toda reverência, o relato literal da criação, nos claros e límpidos termos de Gênesis capítulos 1 e 2.

Deus estabeleceu o ciclo semanal ininterrupto, livre de quaisquer que sejam os mecanismos de influência movidos no curso de astros, planetas, satélites, etc...

São sete dias, porque sete é um número pleno, e esta plenitude veio direta da sabedoria de Deus, quando planejou nosso pleno descanso em Jesus. Ele jamais deixou uma obra se quer para terminar depois, ou inacabada, porque Ele é absolutamente perfeito, portanto, TODAS as Suas obras, Seus propósitos, Seus desígnios e Seus caminhos são perfeitos. 

Deus estabeleceu de forma sábia e planejada, e por Seu exclusivo poder, o roteiro e origem dos dias, meses e anos. (Cf. Gênesis 1:14 a 16).

Aprendemos desde os primeiros passos escolares, com base científica, sobre os movimentos de rotação e translação do planeta Terra.

Rotação designa o movimento da Terra, em torno de seu próprio eixo, numa duração de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, o que nos garante, sem interrupção, a sucessão dos dias e noites. Isso confirma exatamente o relato da sequencia bíblica de Gênesis capítulo 1.

Translação designa o movimento que a Terra faz em torno do Sol, em 365 dias, 48 minutos e 47 segundos, determinando a sucessão dos anos.

Não encontramos, seja na narrativa bíblica, seja em premissas científicas, qualquer fenômeno astronômico específico que haja dado origem, ou que venha contestar a sequencia literal no ciclo da semana de sete dias. 

Em outras palavras, o ciclo semanal original foi fechado com chave de ouro pelo AUTOR da semana. Este assim o estabeleceu, e através de todos esses milênios qualquer fenômeno natural jamais conseguiu alterá-lo. E tal fato tem razão de ser:

Primeiro, porque Deus estabeleceu, por Sua própria iniciativa e palavra, o remate diário na sequência 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º dias, como períodos fixos e exatos, e delimitados entre um pôr do sol e outro.

Segundo, porque sendo Deus o autor, nós podemos ter plena e absoluta confiança que Seu trabalho é perfeito e confiável, o que significa que não são necessários retoques ou ajustes de qualquer natureza no ciclo por Ele estabelecido.

Logo, é pura fantasia, ou mesmo ofensa direta ao Criador, querer alterar o inalterável, ou substituir o insubstituível; isto é, um empenho por interferir em Seus atos grandiosos.

Deus usou a expressão numeral ordinária para designar o ciclo semanal, e apenas ao 7º dia deu um nome especial com base no propósito que Ele designou para esse dia, finalmente selando-o na Lei, com a comemoração de um descanso e santificação abençoados.

Se foi o próprio Criador que firmou este selo, quem, senão um poder contrário a Ele, ousaria retirá-lo?

Veja em Daniel capitulo 7 versos 23 a 26, especialmente no verso 25, uma referência profética ao poder responsável pela alteração da santa lei de Deus, a qual determina o sábado como dia sagrado de observância e descanso. Ali foi previsto um período de 1260 anos de domínio desse poder, o que se entende referir-se ao tempo transcorrido entre 538 e 1798 de nossa era. A História cumpre com absoluta exatidão e rigor tudo o que as profecias bíblicas preveem..

Não necessitamos de uma nova estratégia inimiga contra a santa lei de Deus no tocante à questão da santificação e guarda do dia de repouso, o sétimo da semana, o único ponto controverso em meio à maioria que professa o cristianismo popular. Não necessitamos, simplesmente porque esta estratégia já ocorreu, e a consequente mudança do dia legítimo de guarda para um espúrio já se tornou realidade oficial desde o dia 07 de março de 321 d.C.

Trabalhar contra qualquer princípio que rege a natureza do santo sábado bíblico é como romper qualquer outro princípio natural; é um adultério espiritual, ofensa direta ao Legislador de Universo.

Pior ainda é forçar a existência de um oitavo dia na semana, numa infeliz tentativa de fazer com que o dia popularmente chamado “domingo” (aquele que vem precisamente depois do sétimo) seja o último do ciclo, e, portanto, o mais propício para o descanso semanal. Esta coincidência, todavia, é puramente ilusória, já que o ciclo semanal comporta apenas sete dias, não havendo espaço para um oitavo. 

De fato, o último dia da semana é aquele que antecede o primeiro, e este aquele que antecede o segundo que costumamos chamar de “segunda-feira” (o domingo, portanto, é a primeira-feira, o primeiro dia da semana, não o “oitavo”).

Tudo isso se constitui uma falta gravíssima, não somente porque se atenta contra um período fixo e exato que, em Sua soberania, Deus estabeleceu [isto é, a semana], mas acima de tudo porque se contesta e se contraria o que Ele mesmo afirmou. Nesse caso, a alteração do descanso semanal do último para o primeiro dia da semana é da mesma categoria que qualquer alteração de outros itens também estabelecidos por Deus.

Portanto, a tese do oitavo dia só teria algum cabimento sob o pretexto expressamente bíblico de que Deus teria estendido o ciclo semanal por mais um dia, o que não ocorreu; fora disto, é um devaneio humano que se enquadra nas palavras de Isaías capitulo 29, verso 13, reiteradas setecentos anos mais tarde por Jesus Cristo, conforme Mateus 15:8 e 9 e Marcos 7:6 e 7.

Meus respeitos aos que levantam a tese do oitavo dia semanal, defensores sincero da teoria do oitavo dia, conforme o que temos visto; eles hão de convir, todavia, que tal tese rompe com os princípios da ética hierárquica da própria Igreja Católica Romana, que estes professam e a quem servem, quando, de alguma forma, contradiz o eminente Cardeal James Gibbons. 

Gibbons abertamente assumiu, em nome da Igreja de seu tempo, as prerrogativas de poder e responsabilidade quanto a todo o processo que envolveu a mudança da santificação do sétimo dia, o sábado do quarto mandamento, para a santificação do primeiro dia, o domingo. Assumiu sem se valer de qualquer subterfúgio ou expediente de natureza duvidosa. 

Como querem então, com a teoria do oitavo dia, propor o absurdo de se querer estender, por mais um dia, o ciclo imutável da semana original estabelecida pelo próprio Criador?

Esta é a declaração do Cardeal James Gibbons, em resposta aos protestantes que combatiam o catolicismo em face de ensinos contrários à Bíblia, e lembrando-os de que eles também mantinham ensinos não bíblicos: 

“Podeis ler a Bíblia de Gênesis a Apocalipse, e não encontrareis uma linha autorizando a santificação do domingo. As Escrituras exaltam a observância religiosa do Sábado, dia que nós nunca santificamos”. The Faith of our Fathers, edição de 1893, pág. 111.

Que Deus abençoe a todos os Católicos sinceros e tementes a Ele, e que as bênçãos se estendam aos evangélicos, que ainda estão presos à Igreja Romana nesta questão do repouso semanal e outras doutrinas.
Vox Desertum – 17/06/2012.