terça-feira, 13 de dezembro de 2011

TRIBUTO AOS PROFESSORES


TRIBUTO AOS PROFESSORES


Ao contemplar o triste e caótico quadro em que a figura hodierna do professor está emoldurada, fico cabisbaixo a refletir sobre este nobre ministério em relação ao dom do ensino.

Quando comecei a ir à escola na vila de Hematita, município de Antônio Dias, o cenário da Escola Pública indubitavelmente estava em melhor estado que nos dias atuais. 

Lembro-me, não com todos os detalhes, de algumas coisas interessantes, principalmente de minha primeira professora, Dª Stelina Rizoleta Horta, de cujo paradeiro não posso dizer com certeza hoje.
Eu torço para que ela ainda exista, mas se este não for o caso, devo prestar-lhe uma homenagem póstuma dizendo, que ela é a primeira pessoa da qual me refiro com respeito e gratidão.
Foi ela quem começou a imprimir em minha mente o aprendizado das primeiras letras, que mais tarde moldariam para sempre a base de meu aprendizado.
Era uma professora severa, mas amorosa, cumpridora de sua função no lançamento da segunda camada da argamassa de uma educação começada pela minha inesquecível mãe, a professora do lar, Dª Floripes Marina da Silva, a mãe por excelência, que tinha apenas 22 anos quando me matriculou na escola aos sete anos.
Obrigado Professora Stelina! Se você dorme, descanse em paz! Seu trabalho valeu.

À professora Olímpia, outra lutadora, também a minha gratidão. Após a transferência de minha família para a vila de Itauninha, um lugarejo saudável nas proximidades de Santana de Ferros, foi ela minha segunda professora, no 2º ano primário. Esta professora também era severa, mas era muito especial, sabem por quê? Tinha domínio daquilo que sabia e tinha didática, isto é, sabia ensinar. Das mãos desta professora eu saí aprovado para o terceiro ano.

Quero ressaltar a firmeza ética e moral dos educadores daquele tempo, onde a figura da professora era marcante, presente e firme. A professora tinha, de fato, seu espaço como mestra, dando continuidade ao trabalho de pais como eu tive o alto privilégio de ter.

Da escola de Itauninha, passei a estudar em Santa Maria de Itabira, se não me falha a memória Escola Municipal Trajano Procópio; mas não me lembro o nome da professora.
Corria o ano de 1957. Meus pais me acomodaram na residência de um amigo, o Sr José Anício, funcionário dos Correios. Estava eu agora fazendo o terceiro ano escolar, e algo aconteceu em minha vida. Por mais aplicado que eu pretendesse ser, fui para a repetência. Este foi o único marco negativo em minha trajetória de aluno. A professora era uma verdadeira fera como profissional. Obrigado professora! Valeu seu esforço!

Abrem-se as cortinas de 1959, e meus pais me mandaram para o internato Salesiano em Santa Bárbara, o antigo Patronato Afonso Pena”. Êta escola de primeira, sô! Nela aprendi a ser um rapazinho religioso e temente a Deus dentro dos moldes do catolicismo da época. Obrigado Diretor Padre Mário; consigo ver seus cabelos branquinhos como uma lã. Obrigado Irmão Cleto Kalimann aspirante ao sacerdócio e outros.

Nos pra lás e pra cás da vida, a família que estava na cidade de Nova Era me colocou para fazer o quarto ano. Agora em 1962, era a vez de o Robin enfrentar a professora Ilma Brandi.
Nunca tive uma professora mais brava do que ela, mas foi a melhor etapa de minha vida no primário.
Fui contemplado o ano todo como o segundo melhor aluno da turma, junto com o Cláudio Martins Guerra. No final do ano passei direto no vestibular para o ginasial sem necessidade de fazer o curso de admissão, requerido na época.
Professora Ilma, eu sei que a Sra lutou com um câncer por muito tempo e já descansa no pó, mas vale-lhe também uma homenagem póstuma.

Em 1963, fiz a 1ª série ginasial com um número grande de matérias e tantos quantos professores.
Esta foi uma escola pública de primeira categoria. Quem saía deste ginásio da cidade de Nova Era estava pronto para enfrentar vestibular para qualquer opção nas universidades públicas. Obrigado professor Dr. Salvador (História), professora Helena (Francês), professora Figeninha (Matemática), Dr. Geraldo Romanelli (Ciências) e outros mestres de cujos nomes não me lembro. Quanta saudade! Tempo, quanto ao qual, se eu pudesse voltar atrás e retornar a ele, valeria a pena.
Obrigado à família de Antonio Batista Conrado, que me abrigou entre setembro a dezembro de 1963 até terminar o ano escolar, devido à mudança de meus pais para Cel Fabriciano.

Ano de 1964, Coronel Fabriciano, novos rumos. A vida deu uma guinada de 180º com a morte súbita de meu pai em um acidente, e eu, então, com apenas 16 anos, com minha mãe e mais sete irmãos menores para cuidar.
A Escola de Formação Profissional, antigo SENAI da ACESITA, foi meu abrigo e porto seguro na preparação para o meu primeiro  emprego com registro. Obrigado professores de preparo ao SENAI: Maria dos Prazeres (Português), nunca tive alguém tão exigente na matéria como ela. Valeu; você foi nota dezzzzzzzzzzzz! Obrigado professora Heloiza, colaboradora também nas matérias básicas.

Obrigado ao todos os professores profissionalizantes! Foram três anos de luta; de manhã SENAI, e à tarde trabalhando dentro da Usina “ACESITA”. Bons tempos, quando o trabalho para menores não era considerado um crime social como agora.

Terminado o SENAI, era a vez de completar o ensino ginasial no Colégio Ferreira da Costa em 1968, com um curso onde se estudava matérias tais como Contabilidade, Práticas de Escritório e outras rotinas administrativas.
Obrigado aos professores Dr. Geraldo Perlingeiro de Abreu, (in memorian) José Barak, (in memorian) Ciro Barak e Semi Barak.
Tentei algumas vezes estudar química na antiga escola técnica onde hoje é a UNILESTE, mas não dei conta por causa do trabalho em turnos.

O tempo passou e chegou, então, o ano de 1971; saí da ACESITA, indo para a cidade melhor do mundo para mim, São Paulo, onde trabalhei e estudei.
Fiz o curso Técnico em Química no Colégio Anchieta, em São Bernardo do Campo. Obrigado aos professores da Escola Técnica, só me lembro do Frede (Física)! Estava eu agora habilitado com a carteira profissional dos técnicos em química.
Infelizmente, de 1974 para cá, os democratas de nosso país afundaram as Escolas Técnicas.

Em 1976, saí de São Paulo para atender ao chamado da CENIBRA. Acertei com a Hoesch, e enfrentei um ano de curso intensivo específico de preparação de celulose. Obrigado a todos os professores formadores de profissionais em celulose, Nilo Priebe, Ademar Regueira, Patrício da Silva, Valmiré L Machado, e Wladimir Galat! Vocês também marcaram a minha vida.

É importante aqui frisar que aqueles arrochos na educação acadêmica, ou profissionalizante foram a causa que levou a cada estudante da época a ser o que eu me orgulho de ser hoje, um profissional já em descanso, cônscio de que contribuí dentro de meus limites pelo meu país, minha pátria.

Infelizmente, testemunho agora um ambiente escolar sórdido, árido e desértico, onde a figura do professor é tripudiada de todas as formas. Onde alunos chegam ao absurdo de até assassinar literalmente professores.

Quando o Estado não dá a mínima para a educação, porque todo político pode levar os filhos para estudar no exterior, fico a refletir: A continuar como está, onde vamos parar? Como poderemos restabelecer a identidade original do professor? Como iremos restaurar a educação conduzindo-a ao seu necessário status?

Não posso deixar de atualizar meu tributo póstumo aos professores assassinados nos três últimos anos da história da educação brasileira.
A todos os professores que sofrem o escárnio dos filhos desequilibrados, que são transferidos de lares desajustados às escolas eu digo: Sejam firmes, e que Deus os abençoem!

Professor! Seja você quem for, esteja onde estiver na sua desvalorizada carreira, conte com meu respeito, carinho e admiração.

Minha filha! Seja uma professora que faça a diferença, que ame sua profissão, e mais ainda que ame aqueles a quem Deus colocou sob sua responsabilidade para aprender.
Robin – Voxdesertum - 14/12/2011.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

UM BOM NATAL AOS MEUS CONTATOS

A todos os meus contatos de 2011.
Mais uma vez estamos chegando a um fim de ano.
Escoa-se na grande ampulheta do tempo não só a cronometragem de tempo, mas quantos sonhos foram interrompidos...
Quantas ilusões desfeitas...
Quantas vidas não chegaram até aqui, e outras, que talvez não poderão ver o brilho das festas...
Mas tudo isto não é o mais importante ao estarmos quase ao final de 2011.
Não obstante aos sonhos interrompidos, não obstante a tantas ilusões desfeitas, nós podemos nos alegrar e agradecer a Deus pelo beneplácito de podermos ter tido uma Luz inapagável diante e sobre nós por todo o ano.
Este é o momento especial de refletirmos sobre qual a qualidade da resposta que demos ao criador pela vida que nos foi poupada até aqui.
Naquele dia, quando aquele homem com aquela mulher grávida bateu às portas daquela cidade em festa em busca de acomodação, onde pudesse nascer aquele menino indefeso, nenhuma porta foi aberta, senão para alguém dizer:"Não há vaga".
Ah...se aqueles hospedeiros pudessem discernir a qualidade do tempo e do hóspede que estavam rejeitando...  
Ah...se eles tivessem desviado os olhos das luzes das festas daquela noite e pudessem compreender que estavam a rejeitar o hóspede mais importante do universo, aliás, naquela noite não havia lugar para o dono do universo, o Rei da Glória, que em forma de criança pobre chegava para socorrer a todos os que estavam sob a sombra esmagadora na terra.
No entanto, esta era apenas a primeira oportunidade que estavam a perder.
Deus, porém, não mudou Seu plano.
O menino nasceu conforme o registro das profecias a seu respeito.
Nasceu entre os animais, e estes o aqueceram em seus primeiros momentos de vida.
Ele cresceu, em estatura e em graça, e não só isto, realizou em seus 33 anos e meio de vida tudo que nenhum homem foi, ou será capaz de realizar.
Seu testemunho não somente impressionou multidões, mas atraiu a Si a muitos, que até hoje fazem deste testemunho algo real e capaz de jamais ser destruído.
Ele chegou e dividiu a história, e a todos que O aceitaram a história para estes mudou.
A cada natal, eu e você estamos sendo chamados a dar uma pausa para reflexão, e então, sermos motivados a abrir a porta da estalagem de nosso coração e deixar o Rei do universo entrar, cear conosco, e fazer em nós morada definitiva.
Só assim poderemos ser transformados em melhores seres humanos, e gozar de algo mais do que uma festa da natal.
Só você e eu podemos decidir, se abrimos ou não a porta.
Feliz Natal e um Ano de 2012 com muito mais do que você e sua família sonham e merecem neste momento.
Sinceramente! Róbson; Alaíde e Amanda. voxdesertum.blogspot.com